terça-feira, 30 de abril de 2013

Dinâmica

Afinal de contas, o que é dinâmica?

O conceito é um tanto subjetivo, mas é muito prático.

Você já deve ter tido um professor de escola, faculdade, cursinho ou qualquer outro lugar que tem o costume de falar sem variar nem um pouco o tom de voz. Parece um robô falando e não se sinta envergonhado em dizer que isso te dava sono, pois essa regularidade dá sono mesmo em qualquer ser humano.
E por que esse sono?
Parece que nosso cérebro foi feito para ser desafiado e na falta de desafio, ele fica desatento. A falta de variação no que escutamos nos deixa desatentos.
Imagine escutar uma piada 2, 3 ou 4 vezes seguidas. Quanto mais você escutar, menos ela terá graça.

Isso é por um motivo óbvio: nós não mantemos a atenção em algo repetitivo e isso inclui nossos ouvidos.

Se não tivermos variações na música ela não nos deixará com aquela vontade de quero mais, ou de: como será a próxima parte da música?

Vou deixar bem claro então: uma música que não tiver variações deixará o ouvinte acostumado com a música logo no começo e uma vez acostumado com ela, irá ficar desatento e não terá mais vontade de escutar essa música, que para ele, parecerá chata, repetitiva, feia, sem sentimentos, sem graça e a banda será apenas mais uma banda chata que não passa nada através de sua música sonolenta.

Tecnicamente dizendo, essa banda não tem dinâmica, ou seja, ela toca de forma linear.

E como fazer a tal dinâmica?

Na teoria é muito fácil e músicos que estão acostumados  trabalhar em estúdio têm mais facilidade de entender.

Basicamente temos que entender que quanto mais instrumentos temos tocando, maior será o volume da nossa banda e trabalhar na dinâmica consiste em variar a intensidade da música que é feita tanto de volume quanto de notas.

Muita gente acha que dinâmica é apenas volume,  mas não é só isso.

Temos vários, mas eu diria que temos seis itens que controlam a dinâmica: volume, velocidade, timbre, harmonia, letra e quantidade de instrumentos e de notas

O volume é o mais básico e fácil de lembrar, mas não é tão fácil controlar. Já vi igrejas onde o pessoal da mesa de som aumentava e diminuia a dinâmica de acordo com a música e era muito bem planejado. Seria legal a banda conseguir fazer isso por conta própria, mas é bem difícil faer isso na mão e no ouvido. Quando a música é gravada num estúdio, em determinado momento ela é lapidada de forma a ter essas variações no volume.

A velocidade também influencia, pois a música rápida "empurra a música para a frente" e dá uma sensação de corrida e de que a música está fluindo, porém pode ser agressiva e não agradar tanto alguns ouvidos. Pode ser representada por virada de bateria, solos de instrumentos, ou até mesmo no conjunto.

O timbre é a propriedade do instrumento de ter uma personalidade e isso inclui a voz humana. Temos timbres mais calmos e outros agressivos. Um violão de nylon pode ter um som muito suave e em contrapartida, uma guitarra distorcida vai deixar o som agressivo. O timbre do instrumento, quando transmitido de forma eletrônica pode ser "aquecido" pelo uso de equipamentos como o pré-amp, que vai aumentar o gain ou ganho do instrumento, até distorcê-lo.
Esse ganho é uma forma de deixar o som mais enérgico e tornou-se uma forma muito comum de dar vida ao som.

A harmonia também influencia na intensidade da música, pois músicas comumente são dotadas de dissonâncias que são "resolvidas". Músicas com muitas dissonâncias que não são resolvidas com frequência ou que são postergadas dão o tom mais dramático à música e aumenta sua intensidade.

A letra segue o mesmo rumo e da mesma forma que a harmonia, ela tem o dom de passar diversas emoções para o ouvinte. Se passar emoções fortes vai aumentar a intensidade da música.

A quantidade de instrumentos e de notas também aumentam a dinâmica da música pois aumentando a quantidade instrumentos, temos mais notas tocadas ao mesmo tempo.
A pausa também é música e lembre-se que muitas vezes nossos instrumentos devem fazer a pausa, pois aquele é o momento de dinâmica fraca e para isso devemos cortar a intensidade da música e uma forma muito funcional é diminuindo a quantidade de instrumentos.

Timbre

Timbre é a qualidade do som que permite identificar a origem do som.
Quando escutamos um som de piano, baixo, guitarra, a voz de alguém, temos como identificar de onde veio o som.
A voz de pessoas também é reconhecida pois ela possui um timbre característico
O timbre é como uma identidade própria que o emissor do som possui.

Assim como a voz humana, um instrumento pode ter um timbre mais bonito ou mais feio.
Com o tempo, o músico vai entender porque certos instrumentos são tão caros, como por exemplo um violino Stradivarius, que pode custar milhões e vai entender porque um que vende na loja da esquina custas quatrocentos reais.
Muito que explica a diferença do preço está na qualidade do instrumento, que ao exemplo do violão pode ser acústico ou elétrico. O elétrico certamente terá mais componentes para a sua captação e tende a ter seu preço maior, porém ainda assim podemos ver um violão Martin completamente simples porém mais caro.
Existem instrumentos que possuem um timbre muito bonito e muitas vezes pagamos caro por esse timbre, que geralmente requer cuidados especiais do fabricante, como por exemplo uma madeira mais cara, ferragens que não oxidam, captadores muito sensíveis, etc.
Esses detalhes de fabricação costumam sair caro, ainda mais levando em conta que são muitas vezes instrumentos feitos de forma artesanal e não manufaturados.
A mão humana ainda supera a máquina na confexão de instrumentos musicais.

Bem, como já falei, existem timbres bonitos e timbres feios ou não tão bonitos.
Agora o óbvio: não seria uma boa idéia buscarmos timbres bonitos e apropriados para nossos instrumentos, uma vez que eles podem deixar minha música com o som feio ou bonito?

A idéia é essa.

Baterista, aprenda afinar sua bateria. Não deixe ela com o som de um balde. Se necessário, troque a pele da bateria. Temos diversas vídeo aulas disponíveis na internet de gente ensinando a afinar e tirar um som bom da sua bateria.
Sobre os pratos, tente com o tempo.ter pratos de melhor liga. Qualquer site de pratos explica melhor como esse negócio de liga funcionam, mas basicamente, o som de lata é geralmente barulhento e feio.
Busque entender o som dos pratos e dentro do possível vá dando um upgrade no seu kit.
Não dá para tirar um som bonito de um monte de balde com latas.
Aprenda também a usar diferentes baquetas. Isso pode te dar uma boa gama de possibilidades.

Tecladista, entenda que seu instrumento é capaz  de emitir mais de quinhentos timbres. Ache um bom de piano, um bom string, um lead, caso você esteja apto a solar como guitarrista.
Ache timbres para variadas situações da música, como por exemplo, um que se encaixe em introduções de músicas, algumas para o fim das músicas, algumas para cobrir momentos de reflexão ou de oração, etc.
Inspire-se em músicos famosos.
Ouça músicas. O rock progressivo, a música celta, o gospel, são exemplos de músicas carregadas de teclado e não somente de piano.
Ouça muita coisa diferente e tente reproduzir esses sons no seu teclado.

Baixista, saiba aquecer o som de seu baixo com um pré-amp. Saiba equalizar seu baixo para dar slap, para tocar pizzicato, para momentos de dinâmica forte e para momentos que a música pede calma e moderação.
Pedaie de efeito podem deixar seu instrumento mais versátil, como chorus e o oitavador.

Guitarrista, procure efeitos de guitarra para solos, para momentos que a música pede calma, como por exemplo um chorus com um pouco de ganho, mas sem distorcer.
Procure também efeito que simule violão para tornar seu instrumento muito versátil.

Tenha efeitos de solo de guitarra, outros de base e varie de acordo com a necessidade da música.

Violão, seu instrumento é um instrumento que parece não requerer cuidados, mas um reverb ajuda no som de seu instrumento, sendo de corda de aço ou de nylon.
Saiba variar entre as técnicas de dedilhado e a técnica normal de tocar violão. Em momentos mais calmos o dedilhado pode ser a melhor opção por dar menos volume à música.

Vocal, aprenda a cantar usando o diafragma e não apenas com a garganta. Sua voz pode passar muita emoção e por isso você deve saber controlar a intensidade de sua voz.


Tem muita coisa a ser dita ainda, mas nunca esqueça que um timbre bonito traz beleza à música, um timbre potente traz força à música, um timbre suave torna a música calma, da mesma forma um timbre feio deixa a música feia.

Pense nisso.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Preço nos EUA

Eu fui convidado a um fórum internacional pela empresa onde trabalho e esse encontro foi em Seattle, nos Estados Unidos.

Deixando o trabalho de lado e o turismo que eu conseguir fazer no pouco tempo livre que eu tive, algo me impressionou demais lá: o preço dos equipamentos de música.

Eu fui numa loja chamada Guitar Center (http://www.guitarcenter.com) e o que vi lá foi muito bom. A diferença dessa loja para as lojas brasileiras é que tem muita coisa profissonal e poucas baratinhas. Na verdade lá até os bons produtos são meio que baratos, mas o grande lance é que tem muito produto de qualidade excelente, daquelas que é até meio difícil achar aqui pelo Brasil. Pelo preço das coisas aqui no Brasil agente até entende, mas ás vezes quero comprar um produto bom e aqui é muito difícil achar, pois a loja só em sua maioria produtos de qualidade média para baixo.
Aqui vai um jeito simples para entender o preço là: pegue o preço do que você quiser numa loja do Brasil e divida por quatro. Esse deve ser o preço em dolar, mas ás vezes é mais barato ainda.



Eu comprei uma pedaleira pequena da Boss lá por 199,00 dólares + imposto (quevaria de estado para estado, mas costuma ser entre 6 e 8% do valor total do produto)  e aqui no Brasil estão vendendo por  823,00 no boleto e parcelam em trocentas vezes, afinal de contas, não tiramos oitocentos reais do bolso da mesma forma que um norte americano tira duzentos do dele. O preço aqui é caro mesmo e para o brasileiro tenha alguma chance de comprar algo aqui è necessário que haja o parcelamento por parte das lojas.

Podemos apenas lamentar.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Arranjador

Arranjo musical é uma nova roupagem para a música já existente e isso significa que  se você toca num grupo de louvor que não executa as músicas exatamente igual o original, você cria arranjos musicais, pelo menos no seu instrumento.
Toda a alteração, diminuição, acréscimo é um arranjo e para sermos arranjadores devemos ter uma capacidade que muitos arranjadores não têm que é a capacidade de deixar a música com a forma que ela pede.
O certo e o errado não é o que deve estar em foco e sim o que dá certo e o que não dá. Um estilo musical geralmente pede alguns instrumentos musicais e outros não e essa é a primeira dica. Foçar instrumentos musicais num estilo que simplesmente não cabe é um erro muito comum, ainda mais numa banda muito numerosa que conta com instrumentos diversos.

Ter uma full band, ou seja, uma banda com tudo o que tem direito nem sempre é o melhor para a banda. Os músicos têm que ter disciplina mais do que o normal para não poluir demais a música. Cada instrumento tem a sua vez e para alguns a participação é curta e deve ser bem feita, considerando que aquela é uma oportunidade de servir à banda e à música e não a hora de vencer um concurso de novos talentos ou de abusar de técnica e perícia.

Eu confesso gostar de músicas bem trabalhadas, mas no louvor é legal manter o foco . É muito diferente estar numa banda de louvor congregacional do estilo Michael Smith, Diante do trono, Hillsong, Vencedores por CRisto, Aline Barros, etc. do que estar numa banda mais voltada para jovens ou com uma proposta mais de banda fechada, quem sabe pretendendo criar músicas próprias ou gravar um disco.

Hoje em dia há espaço para bandas mais técnicas, mas por natureza elas não são tão voltadas para louvor congregacional daqueles de todo domingo então eu diria que você vai ter menos dor de cabeça quando aceitar isso.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

As três torres pt2

Dinâmica do evento.

Eu comentei sobre as três naturezas que o humano tem a como atingi-las e vou complementar essa idéia agora de forma mais prática.


O evento é o encontro em si, sendo culto, encontro, reunião de oração, encontro na casa de alguém, etc.

Tem três tipos de dinâmicas que devem ser observadas: o da banda, do  louvor e a do evento.

Dinâmica da banda é a técnica da banda de reduzir e aumentar a força da música para não deixá-la linear e chata.

Dinâmica do louvor é a curva de energia que você quer dar para o seu período de louvor.

Dinâmica do evento é a organização do evento em si, mas do ponto de vista do organizador em relação ao que ele espera do encontro.

Digamos que você tem um encontro de jovens e que quer fazer um período de louvor.

O primeiro é saber quais são as atrações desse evento. Muitos chamam isso de liturgia.
Vamos imaginar a seguinte programação:

1-  Oração
2-  Leitura de Salmo
3- Alguma atração extra
4-  Louvor
5-  Preleção
6-  Informações finais
7-  Encerramento

Trabalhar a dinâmica do evento, no caso esse culto, é interligar as partes distintas para não ficar aquela impressão de quebra que é sentido quando tem aquele silêncio entre uma atração e outra até os envolvidos irem lá no palco, testarem o microfone e começar a falar ou que a banda toma para chegar aos instrumentos.
 Isso quebra o clima e pode desconcentrar o público, que pode passar a contar as horas para o fim do encontro, sem falar que toma mais o tempo e alonga o culto desnecessariamente

Trabalhar a dinâmica da banda é trabalhar nos altos e baixos da intensidade da música. É uma técnica que as bandas devem sempre buscar pois é uma qualidade muito apreciada em bandas.

Já a dinâmica do louvor é o alto e baixo que as músicas farão como um todo. Por exemplo:
A banda começar tocando música suave, depois uma mais intensa, depois uma mais intensa ainda, depois uma mais calma.
É a o fluxo de intensidade do louvor visto como um todo e não música por música separadamente.
Podemos ter o padrão U que começa com intensidade e vai deixando as músicas mais suaves e depois volta a ter intensidade.
O U invertido que começa fraco, vai ficando forte e depois alivia a intensidade novamente.
Temos o padrão crescente, onde começamos com pouca intensidade e vamos aumentando conforme o louvor vai evoluindo.
Outro comum é o padrão decrescente que começa com força e evolui para intensidade baixa nas músicas.

Tem vários padrões de dinâmica do louvor e a banda deve ver bem o que quer, junto com os organizadores do evento.

Para que evoluir a música numa dinâmica crescente para depois termos uma pregação? No fim do louvor as músicas serão muito agitadas e as pessoas estarão agitadas. Se o pregador tiver essa energia de pregação enérgica é válido mas se a pregação for algo mais pacato creio que seria mais interessante deixarmos através da música o público com uma dinâmica mais calma no fim do louvor.

Essa é a idéia da dinâmica do louvor e para isso é importante a  escolha das músicas, pois elas naturalmente exigem a intensidade que precisaremos para montar esse quebra-cabeça.

Não faça as coisas à toa. O que você quer que ocorra até o fim do culto? Você pode potencializar o resultado caso planejar as suas ações.
Não faça sem querer, sem direção. O resultado certamente será melhor.

As três torres pt1


O ser humano tem três naturezas: corpo, sentimento e a alma ou espírito.

Corpo - É literalmente o nosso corpo, a parte material do nosso "eu". É ele que se machuca, que anda, que pula, etc.

Sentimento - Nossos reflexos em relação aos acontecimentos ao nosso redor. Muitos dizem que é uma ponte entre o material e o não material. Nosso sentimento é a nossa parte que fica triste, feliz, preocupado, calmo, frustrado, etc.

Alma ou espírito -É o nosso "eu" espiritual. Se morremos é o que sobra. No cristianismo dizemos que é a nossa parte imortal que irá para junto do pai após nossa morte carnal. A natureza desse nosso eu é espiritual e portanto não reagem às coisas materiais e sim às coisas espirituais. É a parte do nosso ser que se conecta a Deus enquanto estamos vivos (e provavelmente ainda mais quando não estivermos mais) através do Espírito Santo.

Agora a aplicação técnica.


Músicas muito ritmadas e com muito groove tem a sua energia carregada no ritmo. O nosso corpo  reage ao ritmo pois ele tem ritmo. Nosso coração bate ritmado, nossos movimentos são ritmos, nosso  piscar de olhos, nosso caminhar, etc.
Assim, ao escutarmos músicas muito ritmadas, nosso corpo reage e isso nos empolga. Música com ritmo envolvente é envolvente exatamente por ter um ritmo que entra em sintonia com nosso corpo.

Músicas bonitas, com dinâmica, com letras inteligentes atingem nosso sentimento, formando um elo de modo que uma música calma e tranqüila irá nos deixar nesse estado de calma. Da mesma forma uma música triste irá nos levar a esse sentimento. Uma música engraçada devido ao teor de sua letra irá nos elevar o humor da mesma forma que uma música mais rápida nos deixará mais acelerados.
A música tem o dom de nos induzir ao seu status sentimental propositalmente ou não.

Agora, a pessoa tem a possibilidade de se conectar espiritualmente com Deus através da música. Na verdade, o louvor parte da pessoa e da vida de comunhão entre ela e Deus, mas a música, pode auxiliar nesse processo. Por isso falam que as bandas de louvor são facilitadores. A idéia é que a  banda através da música consiga não emocionar as pessoas, mas levá-las a um estado de  concentração que a permita abandonar seus problemas, suas doenças, seus medos, suas ansiedades e se conecte àquele que habita nos louvores.

A banda talentosa tem o dom de sensibilizar as pessoas, mas a banda ungida não leva as ninguém ao sentimentalismo, mas leva o público a conectar-se com o seu criador, sendo o sentimento um reflexo dessa conexão e não sendo o objetivo final da banda.
 
Agora na prática

Para entender o que eu vou falar você precisa ver o texto sobre maturidade espiritual.
Falamos então de sermos facilitadores para que os outros possam louvar.
Como podemos então facilitar as coisas?

A forma varia para o público pois tudo depende da maturidade espiritual dele. Há muita diferença entre quem acabou de sair de um encontro de oração, ou que está participando de um congresso de música e quem acabou de brigar no trânsito, que ficou vendo televisão a tarde toda, que chegou atrasado e ainda está com a sensação de pressa, com pessoas que estão preocupadas, bravas, ansiosas, ou seja, com sentimentos que os coloca em estado de defesa.

Como temos três naturezas, corpo, sentimento e alma ou espírito, cada uma tem sua maneira de nos "defender" como torres de vigia de um castelo. Não somos receptivos a tudo, ainda mais quando saímos da zona de conforto.

A idéia é conseguir escalar e atingir as três torres, usando para cada uma a forma mais prática e assertiva.



Torre 1 - O corpo


A ligação com Deus não ocorrerá se a pessoa estiver com o corpo a um milhão e a cabeça na lua, portanto a  pessoa deve primeiro controlar o seu corpo.
O corpo pode distraí-lo caso seus sensores (olfato, paladar. visão, audição e tato) fiquem te mandando sinais constantes que o distraia e confunda. Precisamos de concentração.
Como eu já falei o corpo reage ao ritmo e dessa forma, se temos um público muito desconcentrado, a melhor forma que a banda tem de fazer o humano entrar em sintonia com seu corpo é tocar uma música mais agitada pois a pulsação da música será um convite para que o corpo largue sua desatenção causada por um desarranjo entre corpo e mente e entre em sintonia com o ritmo imposto pela música, que se receptivo, entrará no clima imposto pela música e assim alcançaremos a primeira torre.
Quantas vezes vemos pessoas que escutam uma determinada música e começam a batucar, e gingar com o corpo e entram no clima da música? É disso que eu estou falando.
A pessoa escutar um ritmo legal que o distraia do seu dia-a-dia e o atraia para o louvor.


Torre 2 - O sentimento

Para um público já concentrado, o póximo passo é atingir o sentimento da pessoa, mas não para sensibilizá-la e sim para acalmá-la, para que sentimentos negativos não a distraiam ou não a impeçam de chega no objetivo final.
Mesmo concentrada, a pessoa ainda pode estar com os sentimentos errados, estando nervosa, apressada, irreverente e esta é a hora da música agir mudando esse sentimento da pessoa acalmando e já levando a pessoa num sentimento de submissão não à banda, mas a Deus.
Outros sentidos podem acabar sendo alcançados como alegria, felicidade e é claro que isso é benéfico.
A música com dinâmica bem trabalhada é a indicada para trabalhar nos sentimentos, pois alterna calma e força com beleza.


Torre 3 - Alma ou espírito

Esse é o passo onde a experiência pessoal atravessa a ponte entre o sentimento e o louvor genuíno.
A alma ou espírito do salvo conecta-se a Deus num louvor verdadeiro quando sua alma está calma, submissa e aberta ao contato.
Deus habita nos louvores e isso quer dizer que quem realmente buscar a Deus não terá resistência dele. Pelo contrário, terá aceitação daquele que se sacrifou por você. Ele está esperando pela sua atitude de adorador e quer que nós o adoremos.
As músicas de adoração são ótimas para essa situação, tanto que recebem esse nome.
Geralmente bandas de louvor que trabalham nesse perfil das três torres, mesmo que sem querer ou porque tem essa visão mas com outro nome costumam orar após o no meio de músicas de adoração.

Continua



terça-feira, 16 de abril de 2013

Um sideman no louvor

Sideman também chamado freelancer é o músico contratado para gravar ou para apresentação, mas que não pertence à banda.

Gosto é uma coisa complicada.

Imagina uma banda de seus oito músicos, entre instrumentistas e vocalistas, onde cada um tem um ojetivo diferente para a banda. Cada um quer tocar um tipo de música, fazer um tipo de arranjo, etc.

É difícil manter o foco numa situação dessas.

E quanto ao egos?

Durante o processo de criar arranjos para as músicas podem aparecer grander rachas na banda, mesmo que não sejam discussões acaloradas.

Escolher as músicas para tocar também não é tarefa fácil. Sempre tem um que não gosta dessa, daquela e no fim ninguém consegue escolher as músicas quevão tocar amanhã.

Por isso falo do sideman.

Quando agente está numa equipe de louvor não estamos no X-factor, nem num show de talentos, e parem para pensar: o público nem é nosso. Não tem porque me vangloriar se a atração principal não sou eu.

Veja só o exemplo do sideman.

É um músico que provavelmente gosta de tocar coisas tecnicamente difíceis, porém ele percebeu que mais importante que tocar coisascomplicadas, ele sabe que deve fazer algo que sirva à música.
Ele prioriza a música em si e não seu gosto musical e quanto mais cedo ele aprende isso menor a chance de se frustrar.
Ele é versátil e pode ser bem técnico, podendo se segurar para não poluir a música e se diverte mesmo tocando os estilos musicais que não são de sua preferência. 

O sideman é um profissional e age como tal.

Você consegue tocar numa banda sobrepondo seu ego ou gosto em prol do louvor a Deus?

sábado, 13 de abril de 2013

Quanto tempo para começar a tocar

Quem não toca ou ainda está "arranhando" um instrumento deve se perguntar: "quanto tempo demorarei para poder tocar numa banda de louvor?"

Sempre depende de vários fatores, mas vamos lá.

O primeiro ponto é considerar que a pessoa terá um padrão normal de aprendizado.

O segundo é o tipo de instrumento. Um instrumento não temperado como violino tem um grau de dificuldade grande pois para acertar uma nota sem desafinar exige grande perícia.

E uma coisinha para terminar os pontos iniciais é o nível de performance. Deixe-me explicar melhor:

Performance insuficiente - É o músico que está aprendendo suas primeiras lições. Ele não está apto a tocar numa banda. É uma fase que o aprendiz passa antes de poder assumir um instrumento numa banda. É uma fase de dedicação aos estudos que fica mais longa quando a pessoa dedica pouco tempo ou é relapsa com os estudos. Pessoas que não fazem aula de música podem passar muito tempo nessa fase. Essa fase é relativamente "chata" pois a pessoa pode ter a sesnsação de que não está aprendendo, porém para aquele que treina e estuda, a diferença na sua técnica será facilmente sentida a cada mês. Muita gente sem paciência desiste nesse período, infelizmente. Música não é para todos.

Performance baixa - Músico iniciante que está começando a tocar e deve ser cauteloso. Combina baixo conhecimento musical teórico com pouca técnica no instrumento. A sua criatividade provavelmente não auxiliará a banda. Esse tipo de músico deve ser coberto pelos demais pois tende a errar durante a execução da música e pode até se perder na música. Ainda necessita de muito estudo mas já consegue ter a satisfação de poder tocar num conjunto. Muitas pessoas param de estudar quando começam a tocar numa banda e vão arrastando seus poucos conhecimentos na sua banda por meses ou até anos. Dependendo do objetivo da banda ou dessa pessoa realmente não há muito motivo para se tornar um músico de alta performance, porém para uma banda de louvor de igreja seria ideal que o músico avançasse pelo menos mais um nível de performance. Uma banda com a sua maioria ou totalidade de membros nesse nível não vão fazer um som muito agradável provavelmente.

Performance média - Ou é alguém que tem um grau de estudo médio/bom e certa experiência tocando ou é alguém que mesmo sem estudo tem bastante experiência. Bastante experiência pode nivelar uma pessoa com uma outra que tem grau de estudo médio e experiência mediana. Uma banda de louvor que quiser ter um som "legal" deve almejar o máximo de músicos desse nível pelo menos. Há quem prefira não ter em sua igreja músicos que passem desse nível e não é difícil de entender quem pensa assim.

Performance alta ou profissional - É aquele músico talentoso, experiente e com com pelo menos um certo grau de instrução musical, mesmo que seja mais na experiência do que no estudo, mas provavelmente esse músico teve uma boa base de estudo. Esse é o tipo de músico que já toca ou tocaria profissionalmente sem ter dificuldades para tal e o estúdio de gravação e eventos com grande público não são bichos de sete cabeças.
Não é necessário ter músicos desse nível numa banda de louvor, mas ter um desses para orientar os demais é uma ótima opção. Existem igrejas que contratam pessoas desse nível para serem ministros de música. Contratar ministros de música ainda não é tão comum no Brasil, mas vejo que cada vez mais isso vem sendo feito. Contratar profissionais no Brasil é sempre caro devido à alta tributação.

Vou falar dos instrumentos que eu sei.


Percussão: Por se tratar de instrumentos razoavelmente intuitivos, creio que em seis meses a pessoa estará apta a tocar em performance baixa. Após um ano e meio o percussionista deve estar tocando num nível de performance médio

 
Bateria: Um ano para começar a tocar um repertório não muito grande e em baixa performance de ritmos sem muita dinâmica e com o problema básico como ficar variando de velocidade durante a execução da música e não saber medir a força na hora de tocar, ocasionando som alto. O baterista após os dois anos e meio-três anos já teve tempo de evoluir e alcançar o nível médio de performance.
Durante o nível de baixa performance o baterista deve se concentrar em manter o ritmo e não se preocupar em ficar fazendo viradas ou levadas muito técnicas na mão direita ou  bumbo, pois não tem independência dos pés e mãos. As habilidades irão fuir com o tempo.
Performance baixa: ritmo
Performance média: ritmo e groove
Performance alta: ritmo, groove, arranjo e dinâmica





Teclado: Um ano para começar a tocar em baixa performance devido à característica física do instrumento, que facilita a execução e ainda não desafina. Por ser um instrumento de base, tem a vantagem de fazer a mesma função que outros instrumentos como o baixo e o violão ou até mesmo a guitarra e dessa forma, pode ficar em segundo plano na banda, o que tira o foco permitindo ao músico tocar na banda de forma "camuflada". Após o terceiro ano o tecladista provavelmente poderá assumir mais arranjos típicos de piano muito usados no início das músicas, o que significará que ele começa a tocar no nível de performance médio.
É sem dúvida um instrumento muito importante num grupo de louvor.
Performance baixa: base
Performance média: base e arranjo
Performance alta: base, arranjo, dinâmica e solo


 
Violão: um ano e meio para começar a tocar em nível baixo e três para começar a tocar em nível médio. É um instrumento que requer tempo para decorar os acordes e ainda é necessário desenvolver algumas técnicas que vão tomar tempo, afinal de contas é um instrumento muito versátil e tão importante na base quanto o teclado e que da mesma forma, pode se esconder na banda tocando "atrás" dos outros instrumentos.
Performance baixa: base
Performance: base e arranjo
Performance alta: base, arranjo, dinâmica e solo



Guitarra: de um ano a um ano e meio para começar a tocar no nível baixo, já sendo responsável por pequenos solos. Como é um instrumento que causa muito impacto na dinâmica e ainda responsável por solos, é um instrumento que requer que seu usuário amadureça musicalmente rápido.
Performance baixa: base com pequenos solos
Perfornamce média: base, arranjo, dinâmica e solos
Performance alta: base, arranjo, dinâmica e solos executados de forma mais vistuosa.
 


Baixo: em um ano o músico já pode tocar numa banda em baixa performance. De todos esses instrumentos é o que é mais rápido aprender a tocar para fazer base, mas um bom baixista não deve se acomodar com isso e buscar a evolução musical que o permita criar o groove da música. No quarto ou quinto ano o baixista vai começar a aprender a groovar bem, e alcançar a performance de nível médio na mesma época que também está ajudando no arranjo. Muitos acham que é o instrumento mais fácil, porém só consideram que o baixista faz base e como o baixista fica muito tempo fazendo apenas isso, talvez explique essa impressão errada que muitos têm dos baixistas. O groove cria o clima da música e quando bem utilizado, o baixista pode mudá-la da água para o vinho com algo bem simples, mas essa "coisa" simples estranhamente requer muita técnica e sensibilidade que não nasce da noite para o dia.
Performance baixa: base
Performance média: base, arranjo e groove
Performance alta: groove, arranjo, dinâmica e solo.



Vocais: tem gente que já nasce com voz boa e logo aprende a cantar, mas as técnicas para fazer vozes não são tão simples assim. O estudo é necessário para controlar esse instrumento também. Cantar sem técnica pode causar danos nas cordas vocais. Acho que depois de um ano de aula e treino a pessoa já tenha evoluido bastante neste ramo.
Performance baixa: líder vocal de músicas que não ofereçam muita dificuldade
Performance média: líder vocal e backing
Performance alta: líder vocal, backing, presença de palco





O que foi comentado acima é o que eu tenho visto por aí. Claro que devido à facilidade que algumas pessoas têm ou senão sua devoção ao treino podem antecipar muito esses "prazos" que eu citei.

Lembrando que não é necessário ter uma superband para o grupo de louvor, mas eu acho que pela seriedade que tocar num louvor implica, o nosso máximo ainda é pouco.

Se alguém quiser colaborar informando o que sabe sobre o tempo de aprendizado de outros instrumentos, a casa está aberta.

Quem sou eu

A Internet tem a possibilidade de nos manter no anonimato, porém acho legal saberem um pouco de mim.

Nasci e vivi na igreja aqui no ABC paulista.

Com 13 anos eu comecei a me interessar por música creio que influenciado pelo culto da igreja onde eu freqüentava. Fiz um ano de aula de contrabaixo e em 1994 durante um acampamento de Páscoa comecei a tocar numa banda nova promovida por um irmão com bastante experiência no violão. Nessa banda só ele tinha experiência. Eu, o guitarrista e o baterista estávamos começando a tocar em banda exatamente nessa.

I tempo foi passando e essa banda foi crescendo e fomos pegando mais experiência, até que alguns de nós saímos para formar uma banda mais voltada para os jovens (da minha idade na época). Com muito esforço acabamos fazendo uma banda legal e que conseguiu um certo reconhecimento na região, porém nada demais. Mas com o tempo os nossos estudos e a falta de tempo nos esmagou.

Eu lembro de ter saído dessa banda para ser presidente da Mocidade dessa igreja, que estava precisando de uma força e após um ano tivemos uma grande virada (a mocidade, não a banda) e fiquei muito feliz em servir de instrumento em vez de tocá-lo.

A primeira banda dessa igreja permanece até hoje com a liderança daquele mesmo irmão que teve muita paciência com nossa imaturidade, e que acabou sendo muito importante para nossa formação.

Hoje em dia não toco em bandas de louvor por causa do meu emprego, que me obriga a ficar de sobreaviso ou plantão em finais de semana, coisa que estou lutando fortemente para conseguir dar um basta.

Porém consegui ter tempo para dar aula de música em uma igreja daqui de São Caetano que tem um projeto interessante sobre a iniciação de jovens no louvor da igreja.

Sou formado em administração financeira e não em música, mas nunca parei de estudar música. Toco violão e guitarra e arranho a bateria. Nunca consegui fazer sair som num instrumento de sopro.

Sonho aprender tocar gaita de fole (não sei porque) e um dia ter um negócio que me permita viver no meio musical. Quem sabe uma escola ou um estúdio, mas vivo com o pé no chão.

Acabei me envolvendo com essa febre de homestudio e aprendi muita coisa legal que eu não sabia.

Durante todo esse tempo tive muitas experiências, muitas boas e muitas horríveis, mas não me arrependo em nada de ter passado por tudo isso, pois decidi que toda essa bagagem vai ser ensinada aos outros, a princípio na aula de música e agora atravéz deste blog e quem sabe logo que der numa outra banda.

Vocês vão perceber que tenho grande admiração por alguns grupos ou até mesmo alguns ministérios, alguns nem musicais, que conseguiram "ir prá frente" e conseguiram desenvolver um trabalho consistente ao longo do tempo, pois eles servem de exemplo de dedicação e também nos provam como as coisas são possíveis.

Um abraço e até o próximo post


Músicas de louvor são hinos?

Várias vezes eu vi gente chamar as músicas do louvor de hinos. Eu me refiro àquelas músicas como as do Diante do trono, Michael W. Smith, Asaph Borba, VPC; essas que agente toca no tal período de louvor.
Eu acho meio estranho, mas entendo que essas pessoas, por considerarem a música do louvor sacra, ou seja, sagrada, respeitosamente chamam de hino.
Mas eu fiquei com isso na cabeça.

Segundo o Dicionário Aurélio, hino é: 1. Poema ou cântico de veneração; louvor ou invocação à divindade. 2. Música marcial ou solene, acompanhada de um texto.

Dessa forma não tem muita dúvida. Na primeira descrição do Aurélio até que dá para encaixar, mas o segundo explica melhor e definitivamente mata a charada.

O hino é algo solene, até marcial, como um hino a um país, um estado, uma agremiação, como um time de futebol e coisas assim.
O hino também pode ser sacro, como as canções cristãs ou também chamadas músicas gospel, mas nem toda música cristã é um hino. Tecnicamente dizendo, são estilos musicais diferentes e chamar músicas do louvor moderno de hinos pode ser considerado um erro técnico, porém não tem porque fazer drama por causa disso.
Mas não é por isso que um hino não possa ser utilizado no louvor. Que isso fique bem claro!

O hinário tem esse nome pois na época de sua concepção, os missionários que vieram para o Brasil queriam ter um repertório de músicas e utilizaram as que conheciam, inserindo nova letra, porém com teor cristão. Notem que temos algumas canções no hinário que são hinos de países e eu tenho certeza que o da Alemanha e o da Inglaterra foram usados pois já escutei igrejas que cantam elas. Também temos músicas de Mozart, que se não me engano não tinha nada de cristão, Bach que era protestante e vários outros autores não necessariamente cristãos. Pode parecer meio apelativo da parte desses missionários, mas não temos como negar que por muito tempo funcionou e para você que critica as atuais músicas usada no louvor moderno, saiba que na época que esses hinos começaram a ser utilizados, houve resistência por parte dos conservadores da época e acredite ou não, eram cantados com empolgação pelos jovens e foram muito eficientes na evangelização. Lembrou um pouco os dias de hoje? É engraçado como as coisas são cíclicas.
Para você que critica as novas músicas de louvor por estar extremamente ligado aos hinos, saiba que a sua mesma atitude conservadora extremista já foi feita no passado contra essas mesmas músicas que você gosta.
Acho que você vai concordar comigo que ainda bem que os concervadores perderam a queda de braço, né?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

De quais intrumentos preciso para ter uma banda de louvor?

Em primeiro lugar, para ter louvor não é preciso de instrumentos musicais. Se tem quem cante você já tem o mínimo necessário. 
Para ter a banda de louvor não precisa de muito. Apenas um teclado ou um violão já é o suficiente para ter a sua banda de louvor.
Parece bobeira o que vou falar agora, mas quanto menos gente tem na banda, mais fácil ela prosseguir sem problemas. Já vi gente reduzir a banda para apenas um violão e uma percussão (nem era bateria) para não ter mais que se preocupar com o ego de um grande número de músicos. A simplicidade de uma banda pequena a torna bem funcional.
Se você conseguir um violão ou um teclado e uma pessoa que toque algo que dê ritmo à música, como um pandeiro meia-lua e um ovo, considere-se um felizardo, pois já pode começar a se considerar uma banda. Ouça músicas com poucos instrumentos para ter uma boa visão de como uma música de banda enxuta funciona.
Mas se você está se perguntando isso, acho que está buscando uma resposta mais ampla e objetiva. Não vou te deixar na mão.
O que um grupo de louvor quer hoje em dia é ter um grupo montado nos moldes de bandas famosas de rock, rock/pop, funk (americano), country, etc.
Hoje em dia temos alguns instrumentos básicos numa banda no padrão moderno de música. Para o groove precisamos de um contrabaixo e bateria, que pode ser complementado com algum músico para fazer a percussão.
Para a base o teclado, violão e guitarra. O teclado faz som de piano e mais milhares de timbres e portanto é um instrumento que engloba o som do piano, sendo muito mais útil e prático. O contrabaixo também faz a base dependendo do estilo musical, porém um baixista mais experiente fará groove e não apenas base. Para o solo, temos o teclado e a guitarra. Do mesmo modo que o baixista iniciante é base e evoluindo passa a fazer groove, o guitarrista e o tecladista com mais técnica costumam fazer solos.

Tendo bateria, contrabaixo, teclado, violão, guitarra e percussão você tem uma banda de bom tamanho para um grupo de louvor.

Complementamos com líder vocal, sendo um feminino e um masculino e pelo menos um backing que pode ser um desses dois vocalistas que não estiver fazendo a voz principal

Dessa forma são oito pessoas que formam um time bem completo. Se forem dois vocalistas principais mais dois de backing, formamos um time de dez pessoas.

Agora para quê tanta gente?
Porque uma banda de louvor é em sua natureza, uma banda cover de várias outras bandas e para piorar a situação, contemplam vários estilos musicais diferentes e se já não bastasse isso, muitas dessas músicas precisam de uma roupagem nova pois foram feitas sem o padrão de estética atuais e vão precisar de uma cara nova.

E para quê tantos vocalistas?
Por causa da tessitura das suas vozes, ou seja, o alcance de suas vozes. Seria legal um masculino e um feminino com voz mais aguda e outro masculino e feminino com vozes mais graves.

E para terminar o aviso: organizar dez pessoas é uma tarefa árdua, pois todos têm gostos, preferências, objetivos, sonhos, gênios, tempo, potencial, etc. diferentes.

Mas para quem tem vontade e coragem, com esse pessoal dá para fazer um trabalho bem completo.

Mas nâo vamos esquecer os demais intrumentos.

Muitas bandas também podem ter em sua formação sax, que serve exclusivamente para solos, e os metais, que são instrumentos de sopro que fazem contracantos em estilos musicais como ska, funk, alguns Gêneros de blues, gospel (o estilo musical e não a música evangélica emgeral), violino, entre outros.

Porém agora vou falar algo que poucos falariam.

Imagine uma salada de frutas contendo maçã, abacaxi, banana, kiwi, uva verde e mamão. Qualquer um que vê sabe que se trata de uma salada de frutas. Quem come também terá essa certeza. Agora imagine acrescentarmos nessa salada de frutas azeitona e palmito. Estranho não? Uma combinação exótica sem dúvida. Agora vamos adicionar queijo branco picles e chocolate amargo, e finalizamos colocando sucrilhos com doce de leite.
Pareceu gostoso? Não para mim e nem para a maioria das pessoas. O gosto então, nem se fala. Tem muita coisa da minha receita que combina, mas teve muita coisa que não combinou e isso tornou minha salada de frutas algo feio, ruim e indigesto. O mesmo acontece com uma banda que utiliza instrumentos que não forem característicos para esse determinado estilo musical.
Imagine uma banda com bateria, baixo, violino, duas guitarras, sax e uma flauta para tocar uma música como "Amigo de Deus". Não tem espaço para todos nessa música. Até dá, mas o arranjo da música deve ser bem planejado e alguns músicos talvez não precisassem ser utilizados. O teclado vai fazer falta e sobrou instrumento de sopro.
Cada estilo musical tem a sua receita, assim como um prato, onde podemos ter variações, mas o excesso vai confundir o público e isso vai atrapalhar.

Ter que escolher as músicas pensando em aproveitar todos os músicos vai tomar muito tempo e vai limitar a banda a não tocar certos ritmos e certas músicas para não excluir ninguém e isso vai contra a idéia de quanto mais melhor, pois como eu acabei de falar, muita gente na banda acaba limitando e não tornando mais apta a maiores variedades de estilos musicais.

Veja exatamente que tipo de músicas sua banda irá tocar ou seja, monte a sua banda já de olho no seu repertório para não acabar tendo uma tremenda dor de cabeça lá na frente

Por isso eu fecho a banda de louvor ideal com os seis músicos  bateria, contrabaixo, teclado, violão, guitarra e percussão, mais os quatro vocalistas. Quero tocar pop/rock e rock e já aviso que esse é o modelo de banda mais comum hoje em dia, mas no seu caso pode ser diferente. Você é quem vai montar a sua banda, Talvez para sua banda seja importantíssimo ter o sax ou o violino, ou senão o naipe de metais.

Só fica a grande dica: quanto menos gente mais fácil tomar conta, tanto dos membros da banda quanto do som.



Louvor Extravagante

Nesta última semana eu andei pesquisando para ver se achava aquele livro “Extravagant Worship Book” da Darlene Zschech à venda na Internet, e acabei achando muita gente falando sobre um tal de louvor extravagante.

O pessoal está bem crítico sobre essa questão do chamado “louvor extravagante” que aparentemente é derivada dessa filosofia Hillsong de louvor.

Impressionante como isso está sendo apresentado aqui no Brasil. 

Eu tenho que ler esse livro ainda para ter certeza do que vou falar, mas eu estou a fim de ler a versão em inglês pois estou com uma coisa fixa na minha mente e só vou ficar tranqüilo quando tiver matado essa dúvida.

Extravagant Worship não me parece ter como sua melhor tradução “Louvor extravagante”. Extravagante parece ser algo muito luxuoso, chamativo e exagerado sendo um desperdício.
Pensei em “Louvor extravasante” mas nem sei se essa palavra existem em português. Se houver, deve significar algo que extravasou ou extrapolou, que daria sentido de algo que é exagerado de uma forma ruim.
A impressão que eu tenho é que essa expressão seria melhor interpretada por nós brasileiros se a tradução fosse “Louvor transbordante” no sentido de como, se tivesse um vaso que, de tão cheio, estivesse transbordando e assim, abençoando todos ao seu redor forma positiva. Por uma questão comercial eu entendo perfeitamente o uso da palavra extravagante pois a palavra é bem chamativa, mas acho que acabou matando o sentido real do que a escritora quis dizer e acabou gerando uma polêmica desnecessária.

Mesmo não lendo o livro eu tenho essa impressão, mesmo porque metade da minha família é bilíngüe inglês/português e dessa forma eu tive a quem perguntar sobre essa palavra extravagant.
Vendo as atitudes da Darlene e do próprio pessoal do Hillsong, eu não vejo extravagância e sim um trabalho sério e profissional, o que gera estranheza para alguns que estão acostumados com o lado amador do cristianismo, onde apenas o pastor pode ser profissional. Qualquer outro que ganhar um centavo sendo profissional nesse meio cristão está errado pois é ganância. Eu não concordo muito com isso.

Esse assunto de ganhar para tocar em igreja dá pano para manga, então vou parar por aqui. Nem sei se eu tenho uma opinião formada sobre isso.

Tenho a impressão que alguns extravagantes estão usando a Darlene e o Hillsong para justificar algumas de suas atitudes.

Depois de ler o livro eu volto a falar sobre esse assunto.

Sobre o Louvor Moderno (O blog)

Nâo sou pastor, não sou profeta nem apóstolo, não sou diácono, presbítero ou obreiro, não sou padre, não sou militante.
Não sou nada demais, mas talvez a minha experiência em música e louvor possa ajudar alguém e esse foi o meu intuito ao fazer este blog.
Outra coisa que eu não sou é professor de português. Se eu errar no português desculpem-me! Erros de português não desvalidam o conteúdo do que foi escrito. Se quiser me dá um toque que eu corrijo, combinado?


Eu tenho visto na Internet muita gente falando de louvor. Basicamente são três grandes temas:

1- A grande parte critica o jeito que o pessoal hoje em dia conduz o louvor de sua igreja, de outra igreja, em shows ou até mesmo em vídeos que rolam na Net. Citam determinados artistas, sendo alguns famosos com temas polêmicos;
2- Outra boa parte do que se vê é gente sendo bem tradicionalista, ainda discutindo temas que eu lembro que rolavam nos anos 80/90 como por exemplo a utilização de certos instrumentos na igreja, se é certo ou não bater palmas;
3-  O restante são textos ou vídeos de pessoas que falam a respeito do lado espiritual e a preparação que o músico/cantor deve ter mas tudo muito espiritual e nada muito técnico. É mais algo como: Você tem que ter uma vida de comunhão, oração e dedicação, etc.

(note que eu não critiquei nenhum)

Eu senti falta de algo técnico para orientar aqueles que querem ter um grupo de louvor. Creio que esses textos que você encontra por aí são em sua grande maioria pensamentos que devem ser avaliados, até os mais exagerados, pois eles tem um fundo de verdade.
Mas eu queria ter algo mais para os músicos e a organização de uma banda. Coisa que mesmo básica para quem já tem muita experiência, tem gente que não para para pensar por falta de experiência. Quem sabe aquela "sacada" que faltava para resolver uma questão e agente sabe bem que às vezes uma coisinha boba pode fazer um grande estrago da mesma forma que uma pessoa motivada mas mal orientada também pode quando perder o foco do porque está participando de um grupo de louvor.
Também sabemos que grande parte dos músicos de igrejas não são profissionais e sim jovens interessados em música ou senão pessoas com mais experiência, mas quem sabe sem grande conhecimento musical técnico.
Então eu decidi postar aqui algumas coisas que eu sei e espero de coração poder ajudá-los.

Encerro a apresentação avisando coisas básica sobre este blog:

- Meu maior interesse aqui é falar sobre técnica e não sobre a parte espiritual, pois já tem muito texto falando disso por aí escrito por gente muito melhor do que eu, mas às vezes eu vou ter que parar para falar uma coisa ou outra por serem colunas do que eu tenho para passar;
- Vou tentar não ser polêmico, mas já adianto que não dá para agradar a todos;
- Ofensas e coisas do tipo não vão ser toleradas. A minha idéia não é ficar discutindo com ninguém e sim ajudar quem precisa;
- Por favor, considere que o que eu falar aqui é minha sugestão. Repito: estou sugerindo técnicas. Se não concorda é só não utilizá-las;
- Agora se eu falar sobre Bíblia vou ter que ser enfático, porém também não vou ficar discutindo com ninguém. Tem coisas que devem ser ditas.

Espero que gostem do que vem por aí