Oi pessoal
Vou falar sobre uma coisa que muitos já fizeram, mas pararam.
Aula de música.
Esse negócio de que o grupo de louvor tem que ser profissional, muito bom, impecável, às vezes até pago na verdade é bem polêmico e não sou eu quem vai bater o martelo no que está certo ou no que está errado. Nem vou levantar a questão.
Porém não acredito que seja muito produtivo quando uma banda de louvor não consegue manter a coerência musical, uma certa simetria musical.
Estou falando de começo meio e fim.
Também estou falando de notas musicais e ritmo.
Quantas vezes já não presenciei bandas que não conseguem tocar as notas corretamente. Às vezes parece até que estão tocando musicas diferentes.
Se é uma banda que está começando agente dá um desconto, pois a banda encaixa num contexto, mas em lugares que há recurso, verba, pessoas, etc, temos que caprichar.
Entendo perfeitamente que para termos um louvor, não precisamos nem de instrumentos musicais, mas se vamos usá-los, devemos fazer direito, dentro do possível.
Cada lugar tem a sua realidade e seu público. Uns são exigentes e outros não, e como banda, é legal que consigamos atingir o público, para não cometermos o erro de desviar a atenção deles com erros e também com excessos ou exageros.
Bem, mas o foco aqui é outro.
Músicos, reflitam sobre o seu ministério e veja se o que você sabe de música está dentro da proposta do grupo, ou se você, mesmo que com boa vontade, esteja abaixo do ideal para que a banda consiga tocar com a seriedade que o período de louvor merece.
Reflita de tempos em tempos se sua musicalidade está realmente ajudando. Seja crítico consigo mesmo.
Aproveite e reflita também no porque de tocar no louvor. Veja se sua motivação é realmente nobre. Se não for, mude, corrija-se.
É muito interessante que você toque no louvor atingindo essas duas metas: a motivação correta e a qualidade musical suficiente e adequada para a sua igreja.
Abraço e até a próxima
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Um ensaio do terror
Olá pessoal
Toda banda que deseja fazer uma boa apresentação, ou seja, executar as músicas de forma correta precisa de alguns elementos para que isso ocorra e um desses elementos é o ensaio.
Curioso que esse mesmo elemento seja um dos principais problemas das bandas.
E o problema muitas vezes já começa na hora que precisamos marcar o horário do ensaio. Às vezes a banda é formada com pessoas que tem não conseguem combinar seus horários.
Temos bandas que preferem ensaiar em estúdio e é muito curioso que, as pessoas, por terem pagado para usar o local, se esforçam para aproveitar o máximo possível. O ar do estúdio parece dar um tom de profissionalismo aos músicos.
Porém essa não é a realidade para a maioria das bandas e até quem toca no estúdio pode ter a sensação de que ele não foi muito proveitoso, poderia ter sido melhor, ou que foi realmente péssimo.
Uma questão que agrava ainda mais a necessidade de bons ensaios é a questão do repertório extenso. O músico tem que conhecer diversas músicas e tem apenas uma semana para ensaiar as músicas deste fim de semana. Pior ainda quando a banda toca em mais de um evento por semana e vai se agravando quando a quantidade de músicas é grande e todo mundo sabe que não é bom repetir músicas de um dia para o outro, ou seja, aquelas músicas do sábado, aproveitadas também no domingo. Uma igreja que toca poucas músicas toca três ou quatro músicas por evento/culto no mínimo. Temos igrejas que tocam dez, quinze.
Numa banda que toca em média quatro músicas por domingo (caso a banda toque apenas de noite ou de manhã) são dezesseis músicas num mês, que é mais que um repertório de show de banda famosa.
Imagina uma banda que precisa tocar quinze músicas por domingo! São sessenta música num mês de quatro domingos e nada mais que setenta músicas num mês de cinco finais de semana.
Tem muita banda profissional que tem disco com música própria que não tem isso de músicas no seu hall de músicas após dez, quinze anos de carreira.
Então grupos de louvor são bandas de execução de músicas em massa e por isso sofrem com ensaios, afinal, a música deste ensaio será tocada no fim de semana e não serão retomadas na semana seguinte. Algumas igrejas já contam com mais de um conjunto e dessa forma os conjuntos conseguem uma pausa para descanso que também pode ser usada para melhorar seu planejamento ou aumentar seu coeficiente ensaio por apresentação.
Esse excesso de músicas validam a utilização de um ministro de música, que se for bem utilizado, pode transformar o ensaio em algo mais enxuto, pois na hora de tocar, será ele quem irá coordenar todas as músicas.
Então, aproveito para listar aqui algumas regras para serem seguidas caso você quiser ter um péssimo ensaio:
- Não deixe claro para os músicos se terá ou não ensaio;
- Não avise o horário de forma clara;
- Não informe as música que serão tocadas;
- Não avise os responsáveis da mesa de som que terá ensaio;
- Faça devocionais antes ou depois de todos os ensaios;
- Chegue bem em cima do horário ou atrasado, principalmente se você for o líder;
- Use o horário do ensaio para lavar a "roupa suja";
- Trate os demais membros da banda coo se fossem seus subordinados;
- Traga o máximo de amigos para verem o ensaio;
- Não afine seu instrumento;
- Durante a semana, não peça para Deus auxiliar a banda e o ensaio(oração);
- Considere os músicos como se fossem profissionais e nem pense em considerar que eles são voluntários;
- Gaste tempo fazendo Jams;
- Mostre toda a sua qualidade técnica;
- Fale mal de pastor, da liderança da igreja, de determinadas organizações;
- Não ligue para o horário de encerramento do ensaio;
Isso vai tornar seu ensaio realmente tenebroso e vai deixar o clima bem pesado.
Se for isso que você quiser, aí está a dica !
Toda banda que deseja fazer uma boa apresentação, ou seja, executar as músicas de forma correta precisa de alguns elementos para que isso ocorra e um desses elementos é o ensaio.
Curioso que esse mesmo elemento seja um dos principais problemas das bandas.
E o problema muitas vezes já começa na hora que precisamos marcar o horário do ensaio. Às vezes a banda é formada com pessoas que tem não conseguem combinar seus horários.
Temos bandas que preferem ensaiar em estúdio e é muito curioso que, as pessoas, por terem pagado para usar o local, se esforçam para aproveitar o máximo possível. O ar do estúdio parece dar um tom de profissionalismo aos músicos.
Porém essa não é a realidade para a maioria das bandas e até quem toca no estúdio pode ter a sensação de que ele não foi muito proveitoso, poderia ter sido melhor, ou que foi realmente péssimo.
Uma questão que agrava ainda mais a necessidade de bons ensaios é a questão do repertório extenso. O músico tem que conhecer diversas músicas e tem apenas uma semana para ensaiar as músicas deste fim de semana. Pior ainda quando a banda toca em mais de um evento por semana e vai se agravando quando a quantidade de músicas é grande e todo mundo sabe que não é bom repetir músicas de um dia para o outro, ou seja, aquelas músicas do sábado, aproveitadas também no domingo. Uma igreja que toca poucas músicas toca três ou quatro músicas por evento/culto no mínimo. Temos igrejas que tocam dez, quinze.
Numa banda que toca em média quatro músicas por domingo (caso a banda toque apenas de noite ou de manhã) são dezesseis músicas num mês, que é mais que um repertório de show de banda famosa.
Imagina uma banda que precisa tocar quinze músicas por domingo! São sessenta música num mês de quatro domingos e nada mais que setenta músicas num mês de cinco finais de semana.
Tem muita banda profissional que tem disco com música própria que não tem isso de músicas no seu hall de músicas após dez, quinze anos de carreira.
Então grupos de louvor são bandas de execução de músicas em massa e por isso sofrem com ensaios, afinal, a música deste ensaio será tocada no fim de semana e não serão retomadas na semana seguinte. Algumas igrejas já contam com mais de um conjunto e dessa forma os conjuntos conseguem uma pausa para descanso que também pode ser usada para melhorar seu planejamento ou aumentar seu coeficiente ensaio por apresentação.
Esse excesso de músicas validam a utilização de um ministro de música, que se for bem utilizado, pode transformar o ensaio em algo mais enxuto, pois na hora de tocar, será ele quem irá coordenar todas as músicas.
Então, aproveito para listar aqui algumas regras para serem seguidas caso você quiser ter um péssimo ensaio:
- Não deixe claro para os músicos se terá ou não ensaio;
- Não avise o horário de forma clara;
- Não informe as música que serão tocadas;
- Não avise os responsáveis da mesa de som que terá ensaio;
- Faça devocionais antes ou depois de todos os ensaios;
- Chegue bem em cima do horário ou atrasado, principalmente se você for o líder;
- Use o horário do ensaio para lavar a "roupa suja";
- Trate os demais membros da banda coo se fossem seus subordinados;
- Traga o máximo de amigos para verem o ensaio;
- Não afine seu instrumento;
- Durante a semana, não peça para Deus auxiliar a banda e o ensaio(oração);
- Considere os músicos como se fossem profissionais e nem pense em considerar que eles são voluntários;
- Gaste tempo fazendo Jams;
- Mostre toda a sua qualidade técnica;
- Fale mal de pastor, da liderança da igreja, de determinadas organizações;
- Não ligue para o horário de encerramento do ensaio;
Isso vai tornar seu ensaio realmente tenebroso e vai deixar o clima bem pesado.
Se for isso que você quiser, aí está a dica !
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Mantras gospel intermináveis
Muita gente tem criticado essas músicas tocadas em igrejas ou em shows de artistas gospel que se alongam com bastante repetição de frases, onde geralmente a letra da música já não é tão grande.
Me refiro àquelas músicas que tem um ou dois versos e o coro, onde ocorrem bastante repetições.
Eu sempre vi gente reclamando desse tipo de coisa mas sempre achei que fosse meio que um exagero do pessoal , que afirma que essas músicas são mantras gospel intermináveis.
Bem, o termo mantra é usado em algumas religiões não cristãs e por isso é usado no sentido de desprestigiar. Seria interessante se não usassem esse termo para não ofender os irmãos que estão tocando. Já o termo intermináveis serve como crítica e como nós somos pessoas razoáveis e que queremos o bem comum vamos pensar um pouco sobre essa crítica afinal de contas, ela é válida ou não?
Hoje mesmo eu estava vendo um vídeo de uma artista e o show tinha três horas, e logo no começo eu pensei: caramba, quanta música! Fiquei meio desapontado quando estava nos 12 minutos e ainda estava na primeira música. Com bom humor eu pensei: assim fica fácil fazer um louvor desse tamanho, hehe. A música acabou lá pelos seus 13 minutos e meio. Nesses tempo, tivemos a música, um interlúdio onde a cantora repetiu o coro muitas vezes, a música de novo, mais um interlúdio e a música ficou um bom tempo no refrão.
O curioso é que a câmera filmou o público e eu não vi uma pessoa sequer que não estivesse no clima até os oito minutos. A partir daí o pessoal que estava no público começou a parar de cantar e lá pelos 12 minutos o pessoal estava assistindo a banda. Pelo visto era um público acostumado com esse estilo "ministrado" de louvor. Coloquei aspas no ministrado não porque critico se é ou não autêntico e sim porque esse é um estilo de tocar. Acho que vou começar a usar esse termo "louvor ministrado" com mais frequência.
Voltando ao assunto, esse estilo ministrado de louvor parece válido, porém ele abre margem para as críticas e de certa forma dão motivo para isso.
Uma música de rádio costuma durar de três a três minutos e meio. A rádio sabe que se tocar uma música maior due isso, a chance do público mudar de estação é grande, porque no momento que a música não oferecer nada mais ou demorar demais para chegar num lugar legal (dinâmica alta) o dedo da pessoa vai coçar para trocar de estação. Então as rádios tocam músicas curtas e vão variando de estilo musical para atrair todos os gostos pois se você não gostou de uma música mas não quer ficar mudando de rádio, talves da próxima música você goste, e dessa forma a rádio vai alternando estilos musicais: toca um rock, uma música pop, uma mais antiga, uma baladinha romântica, uma novidade, uma música dance e volta para o rock, toca de novo uma música pop e assim vai.
Isso acontece por que a rádio não quer de maneira nenhuma que você mude de estação.
E falando de técnica musical, a música grande deve ter muito conteúdo para conseguir atrair a atenção do público. Bandas de rock ou metal progressivo são as que costumam fazer músicas mais extensas e a estrutura das músicas deles é bem diferente desse padrão da indústria fonográfica.
Uma música geralmente tem intro-verso-coro-verso-coro-fim ou intro-verso-coro-verso-coro-ponte-coro-fim. Essas duas são as mais comuns.
Numa música progressiva e na clássica temos variações que incluem solos de instrumentos geralmente bem técnicos de três minutos, pontes entre as partes da música, interlúdios, diferentes versos, onde não apenas a letra é diferente, mas também os instrumentos tocam algo diferente e isso dá à música cara de estar entrando num ambiente diferente e não a impressão que você entrou na sala de uma casa e foi para o quarto, voltou para a sala, foi para o mesmo quarto, voltou para a sala, voltou para o quarto, entende? Nosso ouvido quer ouvir sempre um ambiente novo e dependendo da extensão da música nem fazendo um bom trabalho de dinâmica pode ajudar muito. A idéia é essa: se formos ser óbvios o tempo todo, não tem porque continuar pois já sei o que virá adiante. Para a música não morrer no meio deve existir no ouvinte a dúvida do que virá adiante.
Criar um segundo tipo de verso criará essa idéia de um outro quarto e uma ponte fará parecer um corredor. Falar isso soa meio esquisito, mas a idéia é bem essa.
Outra coisa que ajuda a música que for mais longa é o timbre dos intrumentos. A música celta por exemplo é lenta, mas dá aquele clima majestoso com instrumentos não tão comuns por aqui como gaita de foles, flauta irlandesa, o tin whistle, que é um instrumento de sopro parecido com a flauta e outros.
Esses instrumentos tem um timbre muito legal para dar clima.
Se você quiser dar um clima para a música, pense muito nos timbres, porque timbres feios não vão te ajudar.
Agora fica a minha sugestão se sua banda quiser fazer esse tipo de louvor ministrado:
- Saiba a hora de parar;
- Não pregue no meio da música. Se for pregar, mantenha o teclado tocando de fundo e não toda a banda. Veja o exemplo deste vídeo aos 30:20 (trinta minutos e vinte segundos);
- Use bons timbres;
- Não fique tempo demais numa parte da música;
- Suba de tom no último coro, mas não faça isso em todas as músicas, pois denunciará falta de criatividade;
- Sequiser tanto "aquele" refrão, emende uma música a outra utilizando-se de pontes e , volte na primeira emendando também. Isso vai fazer a música ter ido e voltado e não dará a sensação de que você não sai do lugar. Faça isso utilizando técnica para não destruir a tonalidade das músicas. A ponte atenuará o impacto da mudança de música. Isso seria um medley de duas músicas;
- Perceba que cada público reage de uma forma. Públicos acostumados com louvor ministrado aguentam mais tempo a música sem sair do clima, e públicos menos acostumados irão dispersar;
- Descubra com sua experiência quanto tempo acostumados e desacostumados com ministração de louvor os públicos reagem bem à ministração e comece a levar isso sempre em conta. Respeite o público pois você como banda é o facilitador e não um impositor;
- Se sua banda for tecnicamente forte ficará mais fácil criar partes da música que tenham conteúdo que prenda a atenção do público. Encadeamento de acordes demasiados simples, solos simples, frases instrumentais simples, intruduções simples não costumam ajudar muito para manter o público atento. Resumindo: uma banda boa terá mais condições de manter um nível musical apropriado que colabore com a música grande;
- Se sua banda tiver muitos músicos iniciantes, faça o básico. Sua vontade de fazer algo grandioso pode forçá-los demais e gerar grande frustração em todos. Líder que é líder não puxa os outros pro buraco.
Agora, convenhamos que os tradicionais corinhos e os hinos são bem curtos até para o padrão da rádio. Então não é de se estranhar que o pessoal das antigas ou saudosistas estejam acostumados com músicas muito curtas e sem instrumentalidade. Essas músicas focavam a letra e ignoravam a habilidade do músico, que foi perdida com o tempo, e isso foi a regra que valeu por muito tempo nas igrejas.
No fim das contas, estamos sempre falando de gosto musical e não de certo e errado. Para acertar o gosto musical usamos a técnica e por isso sempre vou insistir na parte técnica, mas não apenas na qualidade musical, mas no propósito de tudo minusciosamente.
Me refiro àquelas músicas que tem um ou dois versos e o coro, onde ocorrem bastante repetições.
Eu sempre vi gente reclamando desse tipo de coisa mas sempre achei que fosse meio que um exagero do pessoal , que afirma que essas músicas são mantras gospel intermináveis.
Bem, o termo mantra é usado em algumas religiões não cristãs e por isso é usado no sentido de desprestigiar. Seria interessante se não usassem esse termo para não ofender os irmãos que estão tocando. Já o termo intermináveis serve como crítica e como nós somos pessoas razoáveis e que queremos o bem comum vamos pensar um pouco sobre essa crítica afinal de contas, ela é válida ou não?
Hoje mesmo eu estava vendo um vídeo de uma artista e o show tinha três horas, e logo no começo eu pensei: caramba, quanta música! Fiquei meio desapontado quando estava nos 12 minutos e ainda estava na primeira música. Com bom humor eu pensei: assim fica fácil fazer um louvor desse tamanho, hehe. A música acabou lá pelos seus 13 minutos e meio. Nesses tempo, tivemos a música, um interlúdio onde a cantora repetiu o coro muitas vezes, a música de novo, mais um interlúdio e a música ficou um bom tempo no refrão.
O curioso é que a câmera filmou o público e eu não vi uma pessoa sequer que não estivesse no clima até os oito minutos. A partir daí o pessoal que estava no público começou a parar de cantar e lá pelos 12 minutos o pessoal estava assistindo a banda. Pelo visto era um público acostumado com esse estilo "ministrado" de louvor. Coloquei aspas no ministrado não porque critico se é ou não autêntico e sim porque esse é um estilo de tocar. Acho que vou começar a usar esse termo "louvor ministrado" com mais frequência.
Voltando ao assunto, esse estilo ministrado de louvor parece válido, porém ele abre margem para as críticas e de certa forma dão motivo para isso.
Uma música de rádio costuma durar de três a três minutos e meio. A rádio sabe que se tocar uma música maior due isso, a chance do público mudar de estação é grande, porque no momento que a música não oferecer nada mais ou demorar demais para chegar num lugar legal (dinâmica alta) o dedo da pessoa vai coçar para trocar de estação. Então as rádios tocam músicas curtas e vão variando de estilo musical para atrair todos os gostos pois se você não gostou de uma música mas não quer ficar mudando de rádio, talves da próxima música você goste, e dessa forma a rádio vai alternando estilos musicais: toca um rock, uma música pop, uma mais antiga, uma baladinha romântica, uma novidade, uma música dance e volta para o rock, toca de novo uma música pop e assim vai.
Isso acontece por que a rádio não quer de maneira nenhuma que você mude de estação.
E falando de técnica musical, a música grande deve ter muito conteúdo para conseguir atrair a atenção do público. Bandas de rock ou metal progressivo são as que costumam fazer músicas mais extensas e a estrutura das músicas deles é bem diferente desse padrão da indústria fonográfica.
Uma música geralmente tem intro-verso-coro-verso-coro-fim ou intro-verso-coro-verso-coro-ponte-coro-fim. Essas duas são as mais comuns.
Numa música progressiva e na clássica temos variações que incluem solos de instrumentos geralmente bem técnicos de três minutos, pontes entre as partes da música, interlúdios, diferentes versos, onde não apenas a letra é diferente, mas também os instrumentos tocam algo diferente e isso dá à música cara de estar entrando num ambiente diferente e não a impressão que você entrou na sala de uma casa e foi para o quarto, voltou para a sala, foi para o mesmo quarto, voltou para a sala, voltou para o quarto, entende? Nosso ouvido quer ouvir sempre um ambiente novo e dependendo da extensão da música nem fazendo um bom trabalho de dinâmica pode ajudar muito. A idéia é essa: se formos ser óbvios o tempo todo, não tem porque continuar pois já sei o que virá adiante. Para a música não morrer no meio deve existir no ouvinte a dúvida do que virá adiante.
Criar um segundo tipo de verso criará essa idéia de um outro quarto e uma ponte fará parecer um corredor. Falar isso soa meio esquisito, mas a idéia é bem essa.
Outra coisa que ajuda a música que for mais longa é o timbre dos intrumentos. A música celta por exemplo é lenta, mas dá aquele clima majestoso com instrumentos não tão comuns por aqui como gaita de foles, flauta irlandesa, o tin whistle, que é um instrumento de sopro parecido com a flauta e outros.
Esses instrumentos tem um timbre muito legal para dar clima.
Se você quiser dar um clima para a música, pense muito nos timbres, porque timbres feios não vão te ajudar.
Agora fica a minha sugestão se sua banda quiser fazer esse tipo de louvor ministrado:
- Saiba a hora de parar;
- Não pregue no meio da música. Se for pregar, mantenha o teclado tocando de fundo e não toda a banda. Veja o exemplo deste vídeo aos 30:20 (trinta minutos e vinte segundos);
- Use bons timbres;
- Não fique tempo demais numa parte da música;
- Suba de tom no último coro, mas não faça isso em todas as músicas, pois denunciará falta de criatividade;
- Sequiser tanto "aquele" refrão, emende uma música a outra utilizando-se de pontes e , volte na primeira emendando também. Isso vai fazer a música ter ido e voltado e não dará a sensação de que você não sai do lugar. Faça isso utilizando técnica para não destruir a tonalidade das músicas. A ponte atenuará o impacto da mudança de música. Isso seria um medley de duas músicas;
- Perceba que cada público reage de uma forma. Públicos acostumados com louvor ministrado aguentam mais tempo a música sem sair do clima, e públicos menos acostumados irão dispersar;
- Descubra com sua experiência quanto tempo acostumados e desacostumados com ministração de louvor os públicos reagem bem à ministração e comece a levar isso sempre em conta. Respeite o público pois você como banda é o facilitador e não um impositor;
- Se sua banda for tecnicamente forte ficará mais fácil criar partes da música que tenham conteúdo que prenda a atenção do público. Encadeamento de acordes demasiados simples, solos simples, frases instrumentais simples, intruduções simples não costumam ajudar muito para manter o público atento. Resumindo: uma banda boa terá mais condições de manter um nível musical apropriado que colabore com a música grande;
- Se sua banda tiver muitos músicos iniciantes, faça o básico. Sua vontade de fazer algo grandioso pode forçá-los demais e gerar grande frustração em todos. Líder que é líder não puxa os outros pro buraco.
Agora, convenhamos que os tradicionais corinhos e os hinos são bem curtos até para o padrão da rádio. Então não é de se estranhar que o pessoal das antigas ou saudosistas estejam acostumados com músicas muito curtas e sem instrumentalidade. Essas músicas focavam a letra e ignoravam a habilidade do músico, que foi perdida com o tempo, e isso foi a regra que valeu por muito tempo nas igrejas.
No fim das contas, estamos sempre falando de gosto musical e não de certo e errado. Para acertar o gosto musical usamos a técnica e por isso sempre vou insistir na parte técnica, mas não apenas na qualidade musical, mas no propósito de tudo minusciosamente.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Grupo de louvor baseado em ministro ou em ensaio
Algumas vezes vemos a banda tocando e não sabemos muito bem como eles estão se organizando em respeito ao número de repetições das partes das músicas, introduções e coisas do tipo.
Basicamente temos duas formas
A primeira é bem comum quando temos um membro da banda muito mais experiente que os demais e ele lidera a banda, informando as entradas, diminuição e aumento de volume, fim, repetições usando sinais com a mão, que devem ser notados pela banda, que deve ficar de olho nele.
Essa é uma visão orientada à liderança, e foi bem difundida pela Vyneyard nos Estados Unidos nos anos 80 e 90. Ainda é muito usado pela formação que bandas de igreja costumam ter, pois é muito comum um músico mais experiente se sobressair aos demais, o que o torna um líder em potencial e os demais são muito dependentes dele.
O líder da banda, que nesse caso costuma ser chamado de ministro de louvor deve ficar bem atento na banda e no público pois ele irá ditar a música conforme o que julgar na hora. A banda deve ficar bem focada nele para não perder os sinais que ele vai dando conforme a música for sendo executada.
A segunda é a orientação ao ensaio, onde a banda irá estipular anteriormente quantas vezes cada parte deve ser executada e na hora deve se lembrar de executar exatamente como foi combinado durante o ensaio. Bandas que agem assim costumam ter a liderança mais espalhada a mais membros ou é completamente democrática e os músicos podem até ter um nível técnico diferente, mas a maioria já sabe como organizar um período de louvor, mesmo que for de uma forma simples.
As duas são bem funcionais e dão resultado. Já participei de bandas que tocam dos dois jeitos e até bandas que mesclam as duas formas, ou seja, a maioria das partes das músicas são combinadas, com algumas partes que ficam a critério do líder da banda e achei esse jeito muito bom, pois alivia muito a responsabilidade do ministro e deixa o resto da banda mais consciente da música, mas para isso eles precisam ter um certo conhecimento musical para não se perderem no meio da música.
Basicamente temos duas formas
A primeira é bem comum quando temos um membro da banda muito mais experiente que os demais e ele lidera a banda, informando as entradas, diminuição e aumento de volume, fim, repetições usando sinais com a mão, que devem ser notados pela banda, que deve ficar de olho nele.
Essa é uma visão orientada à liderança, e foi bem difundida pela Vyneyard nos Estados Unidos nos anos 80 e 90. Ainda é muito usado pela formação que bandas de igreja costumam ter, pois é muito comum um músico mais experiente se sobressair aos demais, o que o torna um líder em potencial e os demais são muito dependentes dele.
O líder da banda, que nesse caso costuma ser chamado de ministro de louvor deve ficar bem atento na banda e no público pois ele irá ditar a música conforme o que julgar na hora. A banda deve ficar bem focada nele para não perder os sinais que ele vai dando conforme a música for sendo executada.
A segunda é a orientação ao ensaio, onde a banda irá estipular anteriormente quantas vezes cada parte deve ser executada e na hora deve se lembrar de executar exatamente como foi combinado durante o ensaio. Bandas que agem assim costumam ter a liderança mais espalhada a mais membros ou é completamente democrática e os músicos podem até ter um nível técnico diferente, mas a maioria já sabe como organizar um período de louvor, mesmo que for de uma forma simples.
As duas são bem funcionais e dão resultado. Já participei de bandas que tocam dos dois jeitos e até bandas que mesclam as duas formas, ou seja, a maioria das partes das músicas são combinadas, com algumas partes que ficam a critério do líder da banda e achei esse jeito muito bom, pois alivia muito a responsabilidade do ministro e deixa o resto da banda mais consciente da música, mas para isso eles precisam ter um certo conhecimento musical para não se perderem no meio da música.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Porque os jovens não se empolgam cantando hinos?
Olá pessoal
Você que frequenta uma igreja que usa hinário e também bandas com músicas mais modernas que tocam musicas mais atuais pode conviver com uma realidade conflitante: os jovens não cantam os hinos com vontade ou simplesmente nem cantam.
Não é regra mas muitas vezes acontece.
E por que isso acontece? Falta de espiritualidade? Não são convertidos? Rebeldia? Não gostam de músicas? Boicote às musicas mais velhas?
A verdade pode ser algo mais técnico e menos espiritual do que parece.
Antes de tudo, vamos fazer uma pequena divisão entre hino/salmo e cântico para saber bem de que tipo de música estou falando.
Hinos e salmos são aquelas músicas que temos nos hinários dentre eles o mais famoso no Brasil é a Harpa Cristã. Igrejas mais tradicionais ou mais antigas estão mais familiarizados com esse tipo de música, já os cânticos seriam essas músicas mais contemporâneas como Vencedores, Diante do trono, as bandas de comunidades, Asaph Borba, Aline Barros e bandas estrangeiras como Hillsong. Temos milhares de bandas hoje em dia.
Vamos começar do óbvio: o gosto musical. Os hinos são músicas antigas e desse modo, é algo bem diferente do que uma pessoa tem ouvido nos últimos 30 anos nas rádios e na televisão, salvo pessoas que por vontade própria se interessaram por esse estilo musical.
As músicas dos salmos e hinos são apenas um estilo musical dentre uma lista bem extensa de estilos musicais que existem atualmente.
Veja esta lista do Wikiédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_g%C3%AAneros_musicais
Dessa forma, fechamos o motivo mais óbvio que é o gosto musical. os jovens não nasceram envolvidos por esse estilo que é predominante nos hinários.
Para entender melhor. Muitos falam que o Pelé foi o melhor jogador de futebol do mundo de todas as épocas. Eu não o vi jogar, assim como não vi Zico, Garrincha. Na minha era, vi Zidane, Ronaldo, Romário e essa é uma questão importante. Esses ícones do passado representaram muito na sua época, mas não estou familiarizado com eles e sendo assim, eu posso até conhecê-los, mas como eles não são contemporâneos meus, eu não me familiarizei com eles.
O Pelé para uma pessoa de 30 anos é um empresário e um ex jogador com uma excelente fama de bom jogador, mas não passa disso.
Os hinos do hinário têm essa mesma conotação para os jovens de hoje: eles podem até respeitar e muito, mas a melodia, a sequência de notas, on instrumentos utilizados para sua execução, o tipo de poesia, o tipo de rima, a composição, a dinâmica e mais alguns fatores não funcionam com eles direito pois essa não é a visão que eles têm de música. Dos muitos estilos musicais que existem neste planeta listados acima, esse é um dos que pior funciona para um jovem. O ritmo é mais lento e não tem groove, se compararmos aos estilos dos últimos 15-20 anos, a letra é elaborada visando a rima num estilo poético que não é mais usado.
O que vou falar agora pode soar bizarro para alguns, mas é a mais pura verdade: os jovens toleram os hinos da mesma forma que seus pais toleram suas músicas. Tolerar no sentido de não gostar, mas respeitar.
Eles toleram os hinos em respeito ao valor que eles têm para a igreja historicamente, para muitas pessoas que eles respeitam e pelo principal motivo que é por causa do conteúdo da letra dos hinos.
Para um jovem cantar um hino é que nem para seu próprio avô cantar Oficina G3, entende? Pode até acontecer, mas a forma que eles vão interagir com esse estilo musical que está fora de contexto para sua realidade será meio duro e ele tende a sair do "clima" da música.
Você pode não concordar com essa falta de clima que existe quando uma pessoa mais jovem vai cantar uma música mais antiga, mas pelo menos agora você já tem uma certa noção do porquê isso acontece.
Você que frequenta uma igreja que usa hinário e também bandas com músicas mais modernas que tocam musicas mais atuais pode conviver com uma realidade conflitante: os jovens não cantam os hinos com vontade ou simplesmente nem cantam.
Não é regra mas muitas vezes acontece.
E por que isso acontece? Falta de espiritualidade? Não são convertidos? Rebeldia? Não gostam de músicas? Boicote às musicas mais velhas?
A verdade pode ser algo mais técnico e menos espiritual do que parece.
Antes de tudo, vamos fazer uma pequena divisão entre hino/salmo e cântico para saber bem de que tipo de música estou falando.
Hinos e salmos são aquelas músicas que temos nos hinários dentre eles o mais famoso no Brasil é a Harpa Cristã. Igrejas mais tradicionais ou mais antigas estão mais familiarizados com esse tipo de música, já os cânticos seriam essas músicas mais contemporâneas como Vencedores, Diante do trono, as bandas de comunidades, Asaph Borba, Aline Barros e bandas estrangeiras como Hillsong. Temos milhares de bandas hoje em dia.
Vamos começar do óbvio: o gosto musical. Os hinos são músicas antigas e desse modo, é algo bem diferente do que uma pessoa tem ouvido nos últimos 30 anos nas rádios e na televisão, salvo pessoas que por vontade própria se interessaram por esse estilo musical.
As músicas dos salmos e hinos são apenas um estilo musical dentre uma lista bem extensa de estilos musicais que existem atualmente.
Veja esta lista do Wikiédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_g%C3%AAneros_musicais
Dessa forma, fechamos o motivo mais óbvio que é o gosto musical. os jovens não nasceram envolvidos por esse estilo que é predominante nos hinários.
Para entender melhor. Muitos falam que o Pelé foi o melhor jogador de futebol do mundo de todas as épocas. Eu não o vi jogar, assim como não vi Zico, Garrincha. Na minha era, vi Zidane, Ronaldo, Romário e essa é uma questão importante. Esses ícones do passado representaram muito na sua época, mas não estou familiarizado com eles e sendo assim, eu posso até conhecê-los, mas como eles não são contemporâneos meus, eu não me familiarizei com eles.
O Pelé para uma pessoa de 30 anos é um empresário e um ex jogador com uma excelente fama de bom jogador, mas não passa disso.
Os hinos do hinário têm essa mesma conotação para os jovens de hoje: eles podem até respeitar e muito, mas a melodia, a sequência de notas, on instrumentos utilizados para sua execução, o tipo de poesia, o tipo de rima, a composição, a dinâmica e mais alguns fatores não funcionam com eles direito pois essa não é a visão que eles têm de música. Dos muitos estilos musicais que existem neste planeta listados acima, esse é um dos que pior funciona para um jovem. O ritmo é mais lento e não tem groove, se compararmos aos estilos dos últimos 15-20 anos, a letra é elaborada visando a rima num estilo poético que não é mais usado.
O que vou falar agora pode soar bizarro para alguns, mas é a mais pura verdade: os jovens toleram os hinos da mesma forma que seus pais toleram suas músicas. Tolerar no sentido de não gostar, mas respeitar.
Eles toleram os hinos em respeito ao valor que eles têm para a igreja historicamente, para muitas pessoas que eles respeitam e pelo principal motivo que é por causa do conteúdo da letra dos hinos.
Para um jovem cantar um hino é que nem para seu próprio avô cantar Oficina G3, entende? Pode até acontecer, mas a forma que eles vão interagir com esse estilo musical que está fora de contexto para sua realidade será meio duro e ele tende a sair do "clima" da música.
Você pode não concordar com essa falta de clima que existe quando uma pessoa mais jovem vai cantar uma música mais antiga, mas pelo menos agora você já tem uma certa noção do porquê isso acontece.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Enfim, o que fazer? Parte 2
O estabelecimento de metas é menos geral e mais conceitual.
Ao traçar objetivos, somos bem claros e bem generalistas, ou seja, é a parte mais fácil. Falar que quer melhorar algo é realmente o mais fácil.
A meta exige que tenhamos idéias, porém gente acostumada a elaborar metas são óbvias ao traçá-las e o motivo é bem simples: porque acertadamente começam fazendo o básico e o óbvio.
Se os músicos não tocam muito bem, eles precisam de aula. Se são pouco disciplinados, vamos estudar sobre o que diz respeito à disciplina.
É como fazer o jogo dos contrários, onde você cita uma situação e apresenta a situação exatamente contrária a ela. Essa situação contrária certamente é a que queremos.
Veja só o nosso exemplo fictício que vem servindo de exemplo:
o tipo de conjunto - um grupo de louvor grande (não há desejo de mudar o tipo);
o tamanho da banda - Manter média pois está funcionando bem;
a especialização técnica dos músicos - evoluir de média/baixa performance para média. Manter a regularidade em média;
o investimento - Manter pequeno. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a estrutura - Manter média. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a disciplina - Aumentar de média para disciplinada;
a dedicação - Aumentar de médio para alto;
a organização - Aumentar de médio para organizada.
Vamos agora cortar o que não queremos que mude ou que não faremos questão que mude:
a especialização técnica dos músicos - evoluir de média/baixa performance para média. Manter a regularidade em média;
a disciplina - Aumentar de média para disciplinada;
a dedicação - Aumentar de médio para alto;
a organização - Aumentar de médio para organizada.
São apenas quatro pontos para serem mudados e na lógica, vemos que é uma banda que crê que deve melhorar tecnicamente, amadurecer e se organizar.
Agora o jogo dos contrários:
a especialização técnica dos músicos - Ou colocamos mais gente melhor tecnicamente ou treinamos os que temos.
Muitas vezes, grupos de louvor são muito receptivos a novos membros e não se preocupam tanto na questão técnica. Dessa forma podemos ter uma banda inchada e podemos dar mais espaço àqueles que estão se dedicando, gerando uma razão nova para que os músicos se esforcem mais, que é a oportunidade de tocar.
Se esse grupo toca os quatro domingos por mês por exemplo, deixamos a banda com o pessoal mais firme para tocar três semanas e uma formação mais simples para tocar um ou dois finais de semana por mês. Dessa forma, aquele que deseja tocar mais deve aprender mais. Issopode gerar umacerta competição? Sim. A competição pode ser sadia para o time, desde que a liderança seja idônea, clara e imparcial em suas escolhas.
Esse é só um exemplo do que fazer quando a idéia é usar diferentes formações para privilegiar os esforçados.
A segunda coisa que eu falei logo acima é treinar os que estão tocando. Algumas igrejas podem promover aulas de música em suas dependências, às vezes pagando o curso para os interessados ou apenas servindo como intermediária e organizadora das aulas e o pagamento do professor seja efetuado pelos alunos. É sempre bom que a igreja se responsabilize em recolher o pagamento e também em pagar para o professor
A aula de música irá esquentar a banda e como tempo, tende a fortalecer os interessados.
Quando há uma movimentação bem planejada, respeitosa, bem feita, clara, o pessoal envolvido percebe que há um movimento e isso pode animar as pessoas, se o que for passado para o pessoa for passado como uma oportunidade de crascimento e que todos estão convidados a fazerem parte do processo. Se for passado para o pessoal ou eles entenderem que haverá punição àqueles que não forem tão técnicos, certamente haverá resistência.
Sobre a disciplina, vamos lembrar que ela está dividida entre espiritualidade, comportamento e perceverança.
Esses itens parecem-me muito ligados ao conhecimento bíblico, vida dedevoção a Deus e força de vontade. Cabe à liderança saber incentivar as pessoas que frequentem o máximo possível as atividades da igreja, tanto dos cultos quanto dos encontros de ensinamentos bíblicos. Podemos ter na igreja alguns cursos sobre louvor falando tanto do âmbito epiritual quanto da parte técnica.
O comportamento é uma questão importante, pois gente encrenqueira que estiver gerando problemas podem e devem ser afastadas desse serviço. É melhor tocar sem um ou outro instrumento do que dar espaço para pessoas que não merecem ou pior, merecem estar longe de responsabilidades pordar mau exemplo.
Já a perceverança é a auto-motivação que nasce de dentro da pessoa, porém, quem estiver vendo a igreja querendo melhorias, se organizando, irá ter dentro de si uma escolha: ou se encolhe e perde espaço ou participa e vive feliz.
Quando algo começa a mudar e começa a ficar bom, muitas pessoas aparecem querendo fazer parte. Ninguém quer ir à bordo do Titanic, vendo que ele está afundando, mas quem não quer participar de algo legal, funcional, crescente, empolgante?
Começe a fazer as mudanças de forma empolgante, não ofensiva, e você verá como será a atitude das pessoas.
Sobre a dedicação, é interessante dizer que é exatamente esse o ponto que será balançado na vida dessas pessoas. Depende da pessoa encarar as mudançascomo uma afronta e se ofender e sair bravo ou ver como uma oportunidade e crescer junto com a igreja. Mesmo assim podemos ajudar as pessoas a entender a necessidade da igreja de sempre melhorar em todos os sentidos. A liderança deve conscientizar a todos sobre possíveis mudanças.
E por fim a organização já é uma questão mais voltado para a liderança. Diversas coisas podem ser feitas no sentido de melhorar a organização da banda, como melhorar a qualidade dos ensaios, maior dedicação aos horários de ensaios, dos compromissos, elaborar um repertório, marcar as músicas que já tocou recentemente para não ficar repetindo muito as músicas. Se necessário, que seja criado um grupo de regras básicas para que fique claro o que é considerado intolerável pela banda.
Mas o leque de coisas que a organização que a liderança pode realizar e incontável.
Muitas idéias podem surgir de dentro da própria banda vinda dos próprios músicos. Eles fazem parte do processo e isso deve sempre ser levado em conta, pois eles são os principais envolvidos. Como podemos excluí-los?
Daí prá frente devemos estipular as datas para que as mudanças comecem. Algumas reuniões (proporcionalmente ao número de medidas a serem tomadas) podem ser necessárias para que tudo seja estabelecido, como horários de aulas com professor de música, preparação de aulas com questões bíblicas sobre louvor, às vezes até utilizando-se da escola dominical, afinal de contas, ela é uma escola, não?
Eu diria que para um planejamento pequeno como o citado acima, podemos generosamente traçar uma meta de seis meses para a elaboração de todas as mudanças e mais seis meses para a implantação, considerando uma igreja sem grande habilidade de organização e com a liderança bem centralizada num grupo de presbíteros, diáconos, obreiros e pastores, que é o mais comum. Provavelmente essas mudanças deverão passar pela autorização desse grupo de líderes.
Eu citei uns exemplos de forma bem genérica. Cada caso é um caso e a capacidade de quem está encabeçando as mudanças de fazer acontecer é um grande diferencial e irá potencializar a realização benéfica dessas mudanças. Não esquecendo nos demais membros que farão parte de tudo e devem entrar no clima das mudanças.
Caso você tenha alguma dúvida ou queira ajuda, pode entrar em contato comigo através do blog, mandando um recado no post ou mandando um e-mail para regis.fleckner@gmail.com
Ao traçar objetivos, somos bem claros e bem generalistas, ou seja, é a parte mais fácil. Falar que quer melhorar algo é realmente o mais fácil.
A meta exige que tenhamos idéias, porém gente acostumada a elaborar metas são óbvias ao traçá-las e o motivo é bem simples: porque acertadamente começam fazendo o básico e o óbvio.
Se os músicos não tocam muito bem, eles precisam de aula. Se são pouco disciplinados, vamos estudar sobre o que diz respeito à disciplina.
É como fazer o jogo dos contrários, onde você cita uma situação e apresenta a situação exatamente contrária a ela. Essa situação contrária certamente é a que queremos.
Veja só o nosso exemplo fictício que vem servindo de exemplo:
o tipo de conjunto - um grupo de louvor grande (não há desejo de mudar o tipo);
o tamanho da banda - Manter média pois está funcionando bem;
a especialização técnica dos músicos - evoluir de média/baixa performance para média. Manter a regularidade em média;
o investimento - Manter pequeno. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a estrutura - Manter média. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a disciplina - Aumentar de média para disciplinada;
a dedicação - Aumentar de médio para alto;
a organização - Aumentar de médio para organizada.
Vamos agora cortar o que não queremos que mude ou que não faremos questão que mude:
a especialização técnica dos músicos - evoluir de média/baixa performance para média. Manter a regularidade em média;
a disciplina - Aumentar de média para disciplinada;
a dedicação - Aumentar de médio para alto;
a organização - Aumentar de médio para organizada.
São apenas quatro pontos para serem mudados e na lógica, vemos que é uma banda que crê que deve melhorar tecnicamente, amadurecer e se organizar.
Agora o jogo dos contrários:
a especialização técnica dos músicos - Ou colocamos mais gente melhor tecnicamente ou treinamos os que temos.
Muitas vezes, grupos de louvor são muito receptivos a novos membros e não se preocupam tanto na questão técnica. Dessa forma podemos ter uma banda inchada e podemos dar mais espaço àqueles que estão se dedicando, gerando uma razão nova para que os músicos se esforcem mais, que é a oportunidade de tocar.
Se esse grupo toca os quatro domingos por mês por exemplo, deixamos a banda com o pessoal mais firme para tocar três semanas e uma formação mais simples para tocar um ou dois finais de semana por mês. Dessa forma, aquele que deseja tocar mais deve aprender mais. Issopode gerar umacerta competição? Sim. A competição pode ser sadia para o time, desde que a liderança seja idônea, clara e imparcial em suas escolhas.
Esse é só um exemplo do que fazer quando a idéia é usar diferentes formações para privilegiar os esforçados.
A segunda coisa que eu falei logo acima é treinar os que estão tocando. Algumas igrejas podem promover aulas de música em suas dependências, às vezes pagando o curso para os interessados ou apenas servindo como intermediária e organizadora das aulas e o pagamento do professor seja efetuado pelos alunos. É sempre bom que a igreja se responsabilize em recolher o pagamento e também em pagar para o professor
A aula de música irá esquentar a banda e como tempo, tende a fortalecer os interessados.
Quando há uma movimentação bem planejada, respeitosa, bem feita, clara, o pessoal envolvido percebe que há um movimento e isso pode animar as pessoas, se o que for passado para o pessoa for passado como uma oportunidade de crascimento e que todos estão convidados a fazerem parte do processo. Se for passado para o pessoal ou eles entenderem que haverá punição àqueles que não forem tão técnicos, certamente haverá resistência.
Sobre a disciplina, vamos lembrar que ela está dividida entre espiritualidade, comportamento e perceverança.
Esses itens parecem-me muito ligados ao conhecimento bíblico, vida dedevoção a Deus e força de vontade. Cabe à liderança saber incentivar as pessoas que frequentem o máximo possível as atividades da igreja, tanto dos cultos quanto dos encontros de ensinamentos bíblicos. Podemos ter na igreja alguns cursos sobre louvor falando tanto do âmbito epiritual quanto da parte técnica.
O comportamento é uma questão importante, pois gente encrenqueira que estiver gerando problemas podem e devem ser afastadas desse serviço. É melhor tocar sem um ou outro instrumento do que dar espaço para pessoas que não merecem ou pior, merecem estar longe de responsabilidades pordar mau exemplo.
Já a perceverança é a auto-motivação que nasce de dentro da pessoa, porém, quem estiver vendo a igreja querendo melhorias, se organizando, irá ter dentro de si uma escolha: ou se encolhe e perde espaço ou participa e vive feliz.
Quando algo começa a mudar e começa a ficar bom, muitas pessoas aparecem querendo fazer parte. Ninguém quer ir à bordo do Titanic, vendo que ele está afundando, mas quem não quer participar de algo legal, funcional, crescente, empolgante?
Começe a fazer as mudanças de forma empolgante, não ofensiva, e você verá como será a atitude das pessoas.
Sobre a dedicação, é interessante dizer que é exatamente esse o ponto que será balançado na vida dessas pessoas. Depende da pessoa encarar as mudançascomo uma afronta e se ofender e sair bravo ou ver como uma oportunidade e crescer junto com a igreja. Mesmo assim podemos ajudar as pessoas a entender a necessidade da igreja de sempre melhorar em todos os sentidos. A liderança deve conscientizar a todos sobre possíveis mudanças.
E por fim a organização já é uma questão mais voltado para a liderança. Diversas coisas podem ser feitas no sentido de melhorar a organização da banda, como melhorar a qualidade dos ensaios, maior dedicação aos horários de ensaios, dos compromissos, elaborar um repertório, marcar as músicas que já tocou recentemente para não ficar repetindo muito as músicas. Se necessário, que seja criado um grupo de regras básicas para que fique claro o que é considerado intolerável pela banda.
Mas o leque de coisas que a organização que a liderança pode realizar e incontável.
Muitas idéias podem surgir de dentro da própria banda vinda dos próprios músicos. Eles fazem parte do processo e isso deve sempre ser levado em conta, pois eles são os principais envolvidos. Como podemos excluí-los?
Daí prá frente devemos estipular as datas para que as mudanças comecem. Algumas reuniões (proporcionalmente ao número de medidas a serem tomadas) podem ser necessárias para que tudo seja estabelecido, como horários de aulas com professor de música, preparação de aulas com questões bíblicas sobre louvor, às vezes até utilizando-se da escola dominical, afinal de contas, ela é uma escola, não?
Eu diria que para um planejamento pequeno como o citado acima, podemos generosamente traçar uma meta de seis meses para a elaboração de todas as mudanças e mais seis meses para a implantação, considerando uma igreja sem grande habilidade de organização e com a liderança bem centralizada num grupo de presbíteros, diáconos, obreiros e pastores, que é o mais comum. Provavelmente essas mudanças deverão passar pela autorização desse grupo de líderes.
Eu citei uns exemplos de forma bem genérica. Cada caso é um caso e a capacidade de quem está encabeçando as mudanças de fazer acontecer é um grande diferencial e irá potencializar a realização benéfica dessas mudanças. Não esquecendo nos demais membros que farão parte de tudo e devem entrar no clima das mudanças.
Caso você tenha alguma dúvida ou queira ajuda, pode entrar em contato comigo através do blog, mandando um recado no post ou mandando um e-mail para regis.fleckner@gmail.com
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Estrutura musical
Estrutura musical
Reparem como tudo que existe e é considerado bonito,
organizado tem uma estrutura proporcional.
Nosso corpo mesmo tem uma proporção. O tamanho do nosso
braço, perna, nossa altura, etc. Tudo é proporcional dentro de uma pequena
variação.
A música não é diferente.
E para que serve essa proporcionalidade?
Beleza, sensação de organização, padronização, sei lá, mas o
fato é que nosso cérebro gosta muito dessa sensação de organização em todos os
aspectos do nosso campo de atuação.
Veja um poema, por exemplo: a estrutura dele sugere um
padrão que em determinado foi aceito e continua sendo usado.
E o que acontece com coisa que estão fora desse padrão? Elas
dão a sensação de bagunça e desorganização.
Na música temos padronizações básicas, como o tempo, quatro
por quatro, três por quatro, determinados instrumentos para determinados
estilos musicais, determinado figurino para determinado artista que representa
determinado estilo musical ou determinada filosofia de pensamento.
Mas tem uma padronização que muitas bandas esquecem e ela é
muito simples e é a estrutura musical.
Uma música pode ter milhares formas de variações. Infinitas.
Porém existe o padrão, que serve para que na nossa
criatividade, ou falta de técnica, não torne nossa música absurda aos ouvidos
alheios. De que adianta você criar a sua arte e ninguém gostar? Artisticamente
dizendo até é compreensível. Muitos artistas são mal compreendidos em sua arte.
Mas num grupo de louvor, para que fazer um negócio
incompreensível para os outros, sendo que nossa missão é sermos facilitadores?
Aí que encaixamos o padrão da estrutura musical.
O padrão é simples:
A música tem que ter começo, meio e fim. Na verdade, temos
essas seguintes “partes” da música:
(I)Início – É o começo da música. Pode ser a primeira frase
do verso com alguma alteração ou simplesmente igual. Se formos fazer algo
diferente do verso, devemos ser coerentes e não deixar a música irreconhecível,
pois nem nosso vocalista vai conseguir identificar a parte da música que
estamos;
(v)Verso – É uma parte de preparação da música. Por ter a
dinâmica mais fraca, não é onde colocamos as frases centrais da mensagem que a
música quer passar;
(C)Refrão/Coro – É o momento da música onde a dinâmica sobe
e temos a conclusão de uma idéia tanto na letra quanto na parte instrumental;
(B)Ponte/Bridge – É o coro do coro. A dinâmica é alterada
para mais ou menos do que o coro e complementa a letra da música e a estrutura
musical da canção. Esse deve ser o pico de energia e intensidade da música
quando utilizada como coro do coro. Podemos também fazer a ponte mais fraca que
o coro, o que torna o coro o ponto de mais intensidade. Com a ponte mais fraca
que o coro temos uma música mais amena, onde a ponte pode ser um momento de
reflexão e calma ao invés de pico de energia;
(F)Fim – É onde temos a conclusão da música e a energia do
coro final que costuma ter a dinâmica forte é dissipada.
Músicas pequenas têm a estrutura I-V-C-V-C-F e costumam durar
cerca de dois minutos e meio
Vencedores por Cristo e músicas contemporâneas costumam ter
essa estrutura. A música Cristão dos anos 70/80 eram menores, não tinham solos
de instrumentos e costumam ter a parte instrumental bem simples, o que tornam
essas músicas fáceis de decorar e de tocar, e em contraponto tinham letras bem
boladas, o que possivelmente tornou essas músicas tão populares até hoje.
Uma variação dessa estrutura curta tem a inserção de uma
ponte entre o primeiro coro e o segundo verso, onde o início é tocado novamente
na ponte.
I-V-C-B-V-C-F
Músicas maiores costumam ter a inserção da ponte, pois a
música começa a ser repetitiva e faz com que o ouvinte perca o interesse, caso
não ocorra uma quebra nessa estrutura da música.
Para músicas que tem seu coro ou verso tocados mais de duas
vezes temos as estruturas:
I-V-C-V-C-B-C-F
I-V-C-V-C-B-V-C-F
I-V-C-B-V-C-B-C-F
I-V-C-B-V-C-B-V-C-F
I-V-C-B-V-C-B-V-C-F-B
Cuidado ao usar muitas pontes na sua música, pois elas podem
tornar a sua música realmente enorme. Uma música muito grande precisa de muita
produção musical para ter conteúdo suficiente para cativar o ouvinte por cinco
ou sete minutos, que é o tempo que uma música grande terá.
Outro detalhe é a proporção da música
Se temos 8 compassos no verso, geralmente usamos a metade,
ou seja, 8 compassos como início. No máximo usamos a mesma quantidade, ou seja,
8 compassos. Se a introdução for maior que o verso ou que até mesmo o coro,
deve ter algum atrativo, como um solo de algum instrumento ou qualquer outra
coisa. O excesso de tempo na introdução sem muito conteúdo fará o ouvinte se
desinteressar pela música logo no seu primeiro minuto.
Uma música com 16 compassos de verso deve ter 4, 8 ou 16
compassos de introdução, preferencialmente 4 ou 8 compassos.
O coro não precisa ter exatamente o mesmo tamanho que o
verso, podendo também ser maior ou menor, mas se for grande, deve ter conteúdo.
Com 4 compassos de verso, não seria incomum termos 8 compassos de coro, pois a
música está relativamente curta, mas seria estranho 16 compassos de coro, pois
ficaria muito desproporcional. Como o coro tem a dinâmica mais forte, teríamos
muito tempo de dinâmica forte para pouca de dinâmica fraca do verso. Uma música
com 8 compassos de verso suporta 8 ou 16 compassos de coro. Já uma música de 16
compassos de verso teria muito pouco tempo de dinâmica forte caso tiver apenas
4 compassos de coro.
A ponte geralmente tem metade do tempo do coro, podendo ter o
mesmo tamanho. Como a dinâmica é muito forte não é bom exagerar. Muitas pontes
podem ser utilizadas para solos de instrumentos, orações, falas, momentos de
reflexão e por isso podem ser estendidas quando a dinâmica não é tão forte, ou
começar fraco e subir, o que tornaria essa ponte uma ponte composta
(intensidade fraca evoluindo para forte ou começando forte e regredindo para a
fraca) o que faria dela uma ponte grande.
O fim da música muitas vezes é a repetição do início, talvez
com a dinâmica mais forte, ou senão é a execução da parte final do coro com
alguma alteração que indique a dissipação da intensidade da música que
claramente leva ao fim da música. Não seria sábio ficar muito tempo
enfraquecendo a música. A metade do tempo do coro deve ser suficiente para o
fim da música. Menos tempo também é válido. Podemos ter um fim/ponte, que seria
um momento alongado para o fim, com uma dinâmica amena, que pode ser usada para
solos. Podemos usar essa ponte também para emendar numa outra música sem ter a
quebra causada pela pausa dos instrumentos musicais que quebra o “clima”
Não é tão difícil assim estruturar uma música e temos muitas
variações possíveis que bem utilizadas podem tornar a música muito legal.
Lembre-se que cada parte da música deve mudar de intensidade.
Ainda vou escrever sobre isso mais claramente logo.
domingo, 19 de maio de 2013
Enfim, o que fazer ? Parte 1
Introdução
Se você está lendo este blog, certamente está interessado em melhorias no louvor da sua igreja, deve ter lido os posts anteriores e talvez ainda tenha muitas dúvidas e a pergunta que não sai da sua cabeça é: Enfim, o que fazer ?
Resposta:
1 - Auto-avaliação;
2 - Planejamento de objetivos e metas;
3 - Execução dos planos;
4 - Auto-avaliação e controle.
Isso é o visão macro do que você precisa fazer. Devemos definir a base do que queremos alcançar e depois vamos nos aprofundando cada vez mais.
Auto-conhecimento
Presumo que sua igreja deve estar em uma dessas quatro situações:
1 - Não tem grupo de louvor ou tem apenas um ou outro músico fazendo o louvor;
2 - Sua igreja tem seu grupo de louvor e talvez até tenha bons recursos, mas sente que ainda não está rodando bem;
3 - Sua igreja tem um grupo de louvor ou até mais bandas funcionando bem ou razoavelmente bem e sente que é hora de ir para os detalhes para ficar bom prá valer;
4 - Já tem um grupo funcionando muito bem e é hora de alcançar a excelência.
A princípio devemos medir o que já temos, pois ele é o início de tudo. Não vamos começar do zero algo que já existe e bem ou mal, já está funcionando.
Então vamos aprender a medir nosso estado atual e mirar no que queremos para saber qual ação devemos tomar.
Conceitos das oito disciplinas
Eu separei oito aspectos que devemos analisar e dei o nome a esses aspectos de disciplinas
Temos então 8 disciplinas a considerar: o tipo de conjunto, o tamanho da banda, a especialização técnica dos músicos, o investimento, a estrutura, a disciplina, a dedicação e a organização
Tipo
O tipo de conjunto musical varia de acordo com a finalidade da banda
Banda: A banda é fechada e não tem a inclusão de novos músicos a menos que os membros dessa banda decidam fazer. A idéia desse grupo é fortalecer o time ensaiando sempre a mesma equipe para apresentações mais focadas e direcionadas a público-alvo especídicos;
Ministério de louvor: Eu chamo de ministério de louvor:
1 - Um grupo de louvor que tem membros flutuantes, ou seja, que se revezam e que precisa de liderança para combinar escalas dos músicos;
2 - Uma equipe que engloba mais de uma banda/grupo de louvor, que dessa forma precisa de liderança estipulada para organizar escalas para as bandas se revezarem e para que os músicos dentro dos conjunto tenham suas escalas;
3 - Os grupos de staff da banda, como quem cuida da projeção da letra das músicas, grupos de oração que suportam os conjuntos, técnicos de som, etc.
O grupo de louvor é mais acessível para novos músicos que queiram entrar em algum grupo musical. Seria bom se a igreja tivesse pelo menos um grupo de louvor, para não correr o perigo que estar de portas fechadas para potenciais novos músicos.
A banda geralmente é formada quando o grupo de músicos arranja a quantidade desejada de pessoas e instrumentos e não quer ter variações na sua musicalidade, que é o que ocorre ao trocar de pessoal com frequência.
O Ministério de louvor é algo mais estruturado, criado para poder utilizar bandas e grupos de louvor ao mesmo tempo, criando regras para que toda a estrutura externa à banda e todos os conjuntos existam e tenham os seus espaços de acordo com seu tipo e seu merecimento e se apóiem ao invés de gerar atritos.
A banda tem a estrutura mais simples, mas tende a ter maior entrosamento e isso reflete diretamente na qualidade da banda, tendo dessa forma sua estrutura muito diferente do grupo de louvor que é um grupo bem mais aberto e mais dependente de uma liderança sendo assim menos democrático, apesar de aparentar o contrário sem uma análise mais profunda.
O grupo de louvor pode também se renovar com mais facilidade e é uma forma excelente de reter talentos e lapidá-los, mas sofre com a falta de entrosamento e rotatividade, enquanto a banda tem nesse quesito exatamente o seu ponto forte.
Já o ministério de louvor é um coletivo mais complexo que controla grupos de louvor e bandas. Ele visa tanto o lançamento de novos músicos quanto manter a qualidade e o mais importante, saber utilizar-se de recursos que complementam a banda.
É normal que o grupo de louvor ou que a banda da igreja que já tenha começado a se estruturar como um ministério. Se tiver responsáveis por projeção, mesa de som, etc., e que não são membros dos conjuntos, significa que há organização externa à banda.
Tamanho
O tamanho da banda vai ditar a proporção de todas as demais disciplinas. Quanto maior a banda, maior trabalho terá nas demais.
- Pequena: Uma banda pequena é formada por apenas um instrumento base como o violão, teclado, piano e pode ser complementado por um instrumento que dite o ritmo como bateria, percussão ou o baixo. Por muitas vezes um dos músicos é quem canta. A característica dessa banda é que comparando ao padrão, ela está bem incompleta, o que não significa que não é funcional, pois com poucas pessoas a banda terá menos problemas para fazer o seu trabalho. O problema de trabalhar com poucas pessoas é que a falta de qualquer um é muito sentida e dificilmente há reposição;
- Média: é uma banda que já conta com dois ou três instrumentos de base como teclado, piano, guitarra e violão, sendo complementado pelo baixo e bateria. Já conta com pelo menos um vocalista dedicado, mas não é regra. Pode ser que falte um ou outro desses instrumentos, e a banda ainda não é tão versátil devido ao número de instrumentos;
- Grande: É uma banda completa com todos os instrumentos de base, bateria, baixo, mais de um vocalista, mesmo que alguns vocais sejam feitos pelos instrumentistas. Também tem alguns instrumentos secundários, que são aqueles que acrescentam detalhes à música ou solos com timbres diferentes dos básicos, como violino, percussão, sax, flauta, etc;
- Enorme - É uma banda com base completa e que tem vários vocalistas e vários instrumentos secundários, sendo dessa forma muito versátil, porém na mesma proporção de sua "grandeza" requer grande controle organizacional e disciplina por parte dos seus membros. Muitas vezes há revezamento de pessoal.
Qual é o tamanho certo de uma banda? Não existe certo e errado e sim padrões. Quanto maior a banda maior será toda a complexidade e até a questão do custo dos equipamentos, como por exemplo a mesa de som. O objetivo deve ser ter uma banda otimizada e compacta e não algo necessariamente gigantesco. A idéia não é impressionar e sim ser funcional.
Técnica
A questão técnica pode potencializar em muito o resultado, uma vez que músicos bons podem tornar o período de louvor um momento muito agradável que, somado à aproximação da banda e do público de Deus, certamente resultará num ambiente propício a experiências maravilhosas.
Performance baixa: Toca em performance baixa o músico aprendiz que já está apto a tocar o seu instrumento. Requer tutela dos mais experientes;
Performance média: É o músico que já sabe tocar, porém ainda não é tecnicamente tão habilidoso e sua falta de conhecimento pode atrapalhar na sua criatividade ou execução musical, caso a música seja difícil;
Performance alta: É o músico que consegue tocar um vasto repertório, não tem grandes difculdades de execultar nenhuma música exigida, desde que esta não seja realmente difícil. Além disso pelo conhecimento muscical, auxilia na criatividade da banda
Ter apenas músicos que tenham performance alta não é fácil, pois eles demandam trabalho tanto para que o orgulho não se torne algo comum quanto para que o louvor não se transforme num show onde o centro das atenções é a banda.
Investimento
O investimento neste caso é o financeiro. Infelizmente para termos bons equipamentos necessitamos investir, porém investir em pessoas também é muito importante
Nenhum: Sem investimento não há perspectiva de melhoria sonora, mas é uma realidade para muitas igrejas, que precisarão de criatividade para ultrapassar seus atuais limites de qualidade sonora;
Baixo: Requer grande estudo de equipamentos para não desperdiçar dinheiro com itens desnecessários ou caros. A compra de equipamentos deve ser concentrada em itens que vão realmente fazer a diferença e avaliar demais a questão custo X benefício;
Médio: Uma igreja não precisa de equipamento profissional para realizar um bom trabalho. Com um investimento médio bem gasto podemos ter um grande resultado;
Alto: É uma realidade que poucos vivem. Tem igrejas que investem em estúdios de gravação, em gravação de culto ao vivo para transmissão na internet. Com os recursos que temos hoje, muito pode ser feito. Em relação ao investimento em pessoas, existem muitos cursos hoje em dia que podem fazer a diferença e que podem ser oferecidos aos envolvidos no ministério/grupo de louvor/banda. O investimento no potencial humano é um ponto a ser sempre lembrado
Um investimento deve seguir a realidade da igreja no âmbito financeiro para que a igreja não gaste todo o seu dinheiro com música, sendo que muitas outras coisas podem e devem ser feitas. Outra coisa que deve ser avaliada é o potencial dos conjuntos, afinal de contas, para que ter um grande investimento em grupos que certamente não estão prontos para tanto. O investimento em pessoas também deve ser considerado, através de cursos para os músicos, para os técnicos que cuidam da mesa de som, etc. Pode ser que o que esteja faltando seja a capacitação de pessoas e não um equipamento específico. Não devemos dar uma Ferrari para quem nem sabe pilotar e seguindo a mesma idéia não temos porque disponibilizar um equipamento muito acima do conhecimento do nosso pessoal.
Estrutura
A estrutura diz respeito a toda equipe de música que não for instrumentista da banda.
Mínima: Quando além da banda só temos a projeção;
Média: Temos os recursos básicos como canais suficientes para todos os instrumentos, técnico na mesa de som, amplificação para todos os intrumentos, microfones para todos os vocalistas, retorno, etc;
Alta: Temos todos os recursos para a banda, mapa de palco bem planejada, técnico na mesa de som, bateria microfonada se necessário, iluminação, mesmo sendo num nível simples, projetor multimídia, etc. Há um ambiente propício para o louvor fuir e se não ocorrer, não foi por causa de falta de estrutura;
Excelente: É um status alcançado com muito trabalho e dedicação que poucos alcançam e muitos nem consideram. Trata-se de um staff amplo e diversificado, ainda incomum em igrejas hoje em dia, que pode contar por exemplo com um grupo de oração dedicado, liderança completamente funcional, gravação de vídeos e músicas, utilização de vídeos na projeção(multimídia), pode ser responsável por fóruns e workshops para multiplicar seus conhecimentos, pode ser ou ter uma escola de música, de grupos e ministros de música. A imaginação é o limite para a abrangência de um staff desses.
A estrutura não é conseguida da noite para o dia, com pouco esforço e sem investimento. Ninguém que atingiu a excelência no seu trabalho o fez por acidente. A excelência é alcançada com planejamento, esforço, humildade, perceverança, investimento de tempo, energia, e antes de tudo, transparência de quem deve ser o centro das atenções.
Disciplina
A disciplina engloba a espiritualidade, o comportamento do músico e a sua perceverança.
Espiritualidade - Não temos como medir a espiritualidade de uma pessoa, mas podemos ver as atitudes das pessoas. Todos da banda devem entender a finalidade do que estão fazendo e não se perder nesse sentido;
Comportamento - O comportamento do músico deve ser voltada para o que for realmente importante. Ele deve dar o bom exemplo pois está em posição de destaque. O respeito pelos demais membros da banda e pela liderança da igreja são exemplos de comportamentos importantes. Ser pontual nos compromissos também é um grande diferencial. O comportamento está muito conectado à sua espiritualidade e comunhão com Deus, pois a comunhão com Deus causa comunhão com os demais e reflete diretamente no comportamento do indivíduo. A regra é sempre dar o bom exemplo;
Perceverança - A perceverança é a disciplina que faz a pessoa nunca desistir. Assim como um tanque de guerra, ele avança incansavelmente destruindo os obstáculos à sua frente.
Uma banda que não agir pensando em agradar a Deus e voltar apenas no aspecto técnico vai alcançar no máximo 30% do que precisa e isso é muito pouco. Por melhor que seja a banda, somente estando alinhada e visionando o reino de Deus ela alcançará seus objetivos.
A perceverança completa o trio da disciplina criando uma chama interna que não pode ser apagada que é motivada pela certeza que o que a pessoa está fazendo é o certo e não é para sua própria glória.
Esses são os estados da disciplina:
Indisciplinada - A banda indisciplinada faz mais barulho do que tem frutos e essa banda deve melhorar senão logo encerrará suas atividades ou será superada por outra. Enquanto essa banda durar nesse estado, atrapalhará mais do que ajudará;
Média - Mesmo sem grande disciplina essa equipe já pode fazer a diferença, porém estará estagnada, tendo às vezes um bom resultado e amargando derrotas também. Costuma ter saldo positivo baixo, mas pode acabar evoluindo com o tempo ou formando novos potenciais humanos;
Disciplinada - Essa banda/grupo/ministério definitivamente anda para a frente. A sua motivação e vontade de servir a impulsiona ao aprendizado e à realização de suas tarefas da melhor forma possível.
Dedicação
A dedicação dos músicos é aquela vontade e humildade de aprender e de fazer cada vez melhor, a dedicação nos estudos e o fato de estar estudando para se aprimorar. É também o treino solitário em casa e o escutar as músicas para decorar as partes, notas e ter idéias. Uma pessoa dedicada vale mais que dez relaxadas ou indiferentes e ocupa menos espaço.
Dedicação baixa: São pessoas que não têm o hábito de treinar seus instrumentos ou não tem muito empenho, vocalistas que não se esforçam para decorar a letra das músicas, músicos que faltam nos ensaios e não estão estudando para aprender mais e não têm grande conhecimento. Está basicamente fazendo número, porém se não for um incômodo, pode ser útil quando não tem o mau hábito de faltar, mesmo com falta de dedicação no aprendizado;
Dedicação média: São músicos que estão num patamar mediano de conhecimento e podem estar estudando ou alcançaram um nível mediano satisfatório. Para muitos casos é o que uma banda sem grandes pretenções precisa;
Dedicação alta: São aqueles que independente do que já aprenderam têm fome de aprender, estão sempre ensaiando, treinando seus instrumentos em casa, estudam, escutam muita música e estão sempre buscando novidades para a banda.
Pessoas dedicadas puxam a banda para a frente mas podem se frustrar ao perceber que são os únicos com garra, caso esse seja o caso. A dedicação somada à disciplina são dois ingredientes que geram um vencedor.
Organização
A organização vai direcionar a banda a tomar a direção correta para onde ela quer chegar
A organização começa no planejamento estratégico firmada entre banda/liderança da igreja do louvor e segue nos demais itens abaixo, entre outros:
Ensaios
Datas
Treinamento
Repertório
Escala de músicos
Apresentação
Regras da banda
Estilo musical definido
Palco
Instrumentos e quantidade de membros definidos
Púbico alvo
Sem planejamento e organização o ministério/grupo/banda estará à deriva e pode acabar sendo consumida pela sua própria falta de propósito.
Podemos estar:
Desorganizados: a bagunça é generalizada. Os conjuntos nem sabem exatamente o que a igreja deseja deles e nem se programam para atingir algum nível. Os músicos faltam com frequência nos ensaios, os ensaios não são produtivos, não há repertório elaborado, há grande rotatividade de membros e isso reflete negativamente quando a banda toca;
Médio: já temos uma certa organização, porém muitas coisas ainda não foram estabelecidas, o que já ajuda, mas certamente ainda há muito o que ser melhorado;
Organizada: Há interação entre liderança da igreja e a ou as demais bandas e dessa forma já está funcionando um ministério de louvor, mesmo que com outro nome ou sem nome. Os músicos sabem o que é esperado deles e são cobrados em relação a isso e dessa forma há sintonia em forma de cascata que vem da alta chefia, vai para a liderança do ministério, para os líderes das bandas e grupos de louvor e chegam nos músicos e da mesma forma em todos os subgrupos do ministério que formam a estrutura não musical do grupo de louvor;
Benchmark: a organização chegou num nível que esse ministério transforma-se numa referência. Sua organização empolga os participantes, gera sintonia em cascata e alcança todos os envolvidos e isso reflete no louvor e claramente na igreja.
Parte 1 - Auto-avaliação
Faça então uma auto avaliação de como o louvor na sua igreja está dentro das 8 disciplinas como no exemplo fictício abaixo:
o tipo de conjunto - um grupo de louvor grande e uma outra nova em formação com jovens
o tamanho da banda - a primeira é média quase grande e a segunda é pequena
a especialização técnica dos músicos - O pessoal do grupo de louvor é mais experiente mas tem uma boa quantidade de pessoas que não tocam tão bem (variam entre baixa e média performance). O grupo dos jovens tem alguns talentos mas ainda precisam de experiência e aprimoramento (baixa performance)
o investimento - pequeno
a estrutura - média
a disciplina - do grupo de louvor média e do grupo de jovens média sobrando perceverança e falhando um pouco na espiritualidade e no comportamento
a dedicação - do grupo de louvor médio e do grupo dos jovens alta
a organização - O grupo de louvor médio e o grupo dos jovens desorganizado pois o grupo está ainda começando
Descrevi acima uma auto avaliação fictícia bem clichê de uma igreja conservadora que tem aproximadamente 200 membros e que tem evoluído sua musicalidade dentro do possível.
Parte 2 - Planejamento de objetivos e metas
Vamos começar entendendo a diferença entre objetivo e meta. O objetivo é uma idéia, por exemplo: querer comprar um carro ou uma casa, ou querer mudar de emprego.
A meta é o que devo fazer para alcançar esse objetivo, sendo assim se meu objetivo é comprar um carro a meta é juntar por exemplo 5 mil reais para dar a entrada em um determinado prazo. Também seria meta após esse prazo, já com o dinheiro em mãos, ir na loja e efetivamente comprar o carro.
Se seu objetivo é mudar de emprego, sua meta é conseguir entrevistas em outras empresas.
O objetivo é o final e as metas as atitudes que devo ter para alcançar os objetivos.
Um planejamento sempre deve contar com o fator tempo. Se você quer determinado resultado, quer em quanto tempo?
Geralmente pensamos em melhorias anuais mas alguns fatores são simples demais para demorar um ano para serem melhorados e idéias implantadas.
Então a idéia é trabalhar na forma de projeto, usando o conceito de metas que explicarei depois.
No projeto você estipula os objetivos, visualiza quais são as acções a serem tomadas, estipula prazos para a execução das metas e implanta deixando por último o controle para que essas mudanças não sejam esquecidas com o tempo, mas pelo contrário, que essas medidas tomadas sejam adequadas cada vez mais para a relidade da igreja.
Não devemos esquever que nossos objetivos devem, ao contrário do que muitas empresas fazem, ser algo possível de ser atingido e não uma meta absurda que só vai levar à frustração.
Com os objetivos em mente, traçamos as metas.
Vimos acima na auto-avaliação da banda duas bandas sendo descritas: um grupo de louvor e uma banda de jovens. Vou continuar usando esse exemplo fictício, mas apenas com o grupo de louvor.
Então vamos fazer um planejamento de objetivos para um ano desse grupo de louvor:
o tipo de conjunto - um grupo de louvor grande (não há desejo de mudar o tipo);
o tamanho da banda - Manter média pois está funcionando bem;
a especialização técnica dos músicos - evoluir de média/baixa performance para média. Manter a regularidade em média;
o investimento - Manter pequeno. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a estrutura - Manter média. A igreja está com outras prioridades atualmente;
a disciplina - Aumentar de média para disciplinada;
a dedicação - Aumentar de médio para alto;
a organização - Aumentar de médio para organizada.
Então esse é o meu objetivo: por não ter muito investimento, trabalhar em cima da organização da banda e traçar os objetivos perfeitamente alcançáveis descritos acima. Na elaboração das metas a coisa pode complicar um pouco.
Resumindo, vamos planejar a melhoria técnica dos músicos, a melhoria na disciplina, buscar melhor dedicação por parte dos envolvidos e a melhorar a organização como um todo e isso nos leva ao óbvio: a idéia é trabalhar em cima das pessoas e não do equipamento da igreja. O foco é o pessoal. A igreja está considerando que o equipamento está adequado ou assumiu que não é hora de investir nisso. Talvez quando as bandas estiverem num patamar mais evoluído, a igreja tenha mais interesse em evoluir o equipamento.
Como trabalhamos para que as pessoas melhorem? Pessoas melhoram atraves de treinamento, estudo e prática. Esse é o foco do planejamento específico desse grupo de louvor.
Você pode avaliar sua situação atual e projetar mudanças para o futuro, assim como eu fiz com essa banda fictícia acima.
A teoria está muito bonita. Na prática a coisa complica bastante e é o que veremos no próximo post, onde veremos as metas.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O que preciso para o grupo de louvor
Um grupo de louvor precisa de algumas coisinhas para funcionar. Essas coisas são razoavelmente dispensáveis, mas quanto mais itens desses que eu vou descrever abaixo, mais completa será a sua estrutura.
O grupo não é feito apenas pela banda
Esses são os itens do grupo de louvor:
- Equipamento de som: PAs, mesa de som, potência cabos, microfones e esses tipos de itens. Cada um deve medir o que precisa e o que pode com sua verba disponível. Grandes trabalhos exigem grandes investimentos, porém nada impede de começar simples e ir ampliando nosso equipamento com o tempo.
- Projeção e tela: Quando temos muitas músicas de repertório, temos musicas demais para serem decoradas, sem contar que frequentemente teremos visitantes. Dessa forma é comum em igrejas que a letra das músicas sejam projetadas num telão ou na própria parede. Um projetor (canhão) ou um retroprojetor são muito usados. Lembre-se que se vamos ter um canhão projetor, precisamos de um notebook ou um computador.
- Iluminação: Não me refiro exatamente ao maquinário de iluminação, mas sim à capacidade de poder escurecer o ambiente para que a projeção das letras das músicas possam ser lidar mesmo durante o dia, seja com cortina, janela escura ou qualquer outro tipo de recurso. Caso tivermos equipamento de iluminação teremos a habilidade de fazer um trabalho muito bacana em relação ao clima ambiente.
- Banda: A quantidade de membros da banda é variável e não podemos falar o que é certo, porém é interessante termos um número de músicos suficiente e não me excesso, a menos que tenhamos estrutura e espaço para vários músicos. Bandas numerosas costumam dar trabalho. Podemos na mesma igreja ter mais de uma banda. Igrejas grandes e com uma grande influência musical podem ter várias bandas. Às vezes precisamos fazer escala para essas bandas e nesse caso é necessário uma liderança estipulada para prover essa organização.
- Staff: Para as demais atividades, como projeção de tela, cuidar da mesa de som, etc, temos que ter mais pessoas afinal. a banda consegue apenas tomar conta da música. É comum os músicos terem interessa pelas outras atividades que englobam o "tocar" em si, mas vejo que a ajuda de outras pessoas pode tirar das suas costas uma grande responsabilidade.
- Liderança: O grupo de louvor deve estar alinhado com a igreja e dessa forma é interessante uma liderança dentro da ou das bandas e que sirva para trazer sintonia entre bandas e igreja.
Acústica: A igreja é também um auditório, que se não for considerada como tal, pode oferecer alto grau de reverberação, delay e ruídos, principalmente dos sons graves. Não estou falando que devemos montar um projeto caríssimo de acústica para ficar que nem um estúdio, mas creio que algumas regras básicas podem evitar de forma bem simples alguns excessos que atrapalham a compreensão dos sons que estão sendo emitidos como por exemplo a voz de quem está falando no microfone.
Isso fecha um círculo básico de itens que um grupo de louvor precisa. Podemos ter vários itens extra que ajudam a aumentar a potencializar essa banda.
Agora vamos à banda:
- Instrumentos: Temos igrejas que têm seus próprios intrumentos. De todos os instrumentos, geralmente a igreja costuma ter a bateria a o teclado ou piano, pois são os piores para carregar e montar. O teclado nem tanto, mas como é muito usado devido à sua versatilidade, é comum mais de uma pessoa usar no mesmo dia e por isso algumas igrejas preferem ter seu próprio teclado. Algumas igrejas optam por ter guitarra, baixo e violão também, e outras não ligam pois os músicos já têm seus próprios instrumentos e fazem questão de usá-los. Cada igreja deve avaliar a sua necessidade e trabalhar em cima disso. Não tem um certo ou errado a respeito de que instrumentos a igreja deve ter, se é que deve.
- Repertório: Montar um repertório não é tao fácil para uma banda que toca todo fim de semana, mas seria interessante que os músicos saibam quais as músicas que são ou podem ser tocadas.
Ensaio: Os membros da banda devem gastar um tempo para ensaiar se quiserem ter qualidade. O ensaio começa em casa, sozinho, aprimorando sua técnica com seu instrumento. Pode-se chamar isso de pré-ensaio. O ensaio mesmo é a extensão em grupo do que foi realizado em casa.
- Local para ensaio: Uma vez que a banda irá ensaiar, é necessário um lugar com estrutura suficiente para suportar a banda.
- Palco: Seria o lugar onde a banda irá tocar. Um palco não necessita ser um tablado alto que nem vemos em teatros ou shows, mas uma limitação ao público, para que ele não corra risco de tropeçar em fios, derrubar instrumentos, etc. Esse lugar deve ter a estrutura para a banda com itens básicos como tomadas, iluminação, ventilação se possível, uma saída lateral pode ajudar em determinadas situações.
- Público: O público é um principal interessado na banda e por isso deve ser levado em conta. Devemos conhecer o nosso público e trabalhar para ele, estimulando-o a participar do louvor. Lembre-se de sempre pensar no seu público.
O grupo não é feito apenas pela banda
Esses são os itens do grupo de louvor:
- Equipamento de som: PAs, mesa de som, potência cabos, microfones e esses tipos de itens. Cada um deve medir o que precisa e o que pode com sua verba disponível. Grandes trabalhos exigem grandes investimentos, porém nada impede de começar simples e ir ampliando nosso equipamento com o tempo.
- Projeção e tela: Quando temos muitas músicas de repertório, temos musicas demais para serem decoradas, sem contar que frequentemente teremos visitantes. Dessa forma é comum em igrejas que a letra das músicas sejam projetadas num telão ou na própria parede. Um projetor (canhão) ou um retroprojetor são muito usados. Lembre-se que se vamos ter um canhão projetor, precisamos de um notebook ou um computador.
- Iluminação: Não me refiro exatamente ao maquinário de iluminação, mas sim à capacidade de poder escurecer o ambiente para que a projeção das letras das músicas possam ser lidar mesmo durante o dia, seja com cortina, janela escura ou qualquer outro tipo de recurso. Caso tivermos equipamento de iluminação teremos a habilidade de fazer um trabalho muito bacana em relação ao clima ambiente.
- Banda: A quantidade de membros da banda é variável e não podemos falar o que é certo, porém é interessante termos um número de músicos suficiente e não me excesso, a menos que tenhamos estrutura e espaço para vários músicos. Bandas numerosas costumam dar trabalho. Podemos na mesma igreja ter mais de uma banda. Igrejas grandes e com uma grande influência musical podem ter várias bandas. Às vezes precisamos fazer escala para essas bandas e nesse caso é necessário uma liderança estipulada para prover essa organização.
- Staff: Para as demais atividades, como projeção de tela, cuidar da mesa de som, etc, temos que ter mais pessoas afinal. a banda consegue apenas tomar conta da música. É comum os músicos terem interessa pelas outras atividades que englobam o "tocar" em si, mas vejo que a ajuda de outras pessoas pode tirar das suas costas uma grande responsabilidade.
- Liderança: O grupo de louvor deve estar alinhado com a igreja e dessa forma é interessante uma liderança dentro da ou das bandas e que sirva para trazer sintonia entre bandas e igreja.
Acústica: A igreja é também um auditório, que se não for considerada como tal, pode oferecer alto grau de reverberação, delay e ruídos, principalmente dos sons graves. Não estou falando que devemos montar um projeto caríssimo de acústica para ficar que nem um estúdio, mas creio que algumas regras básicas podem evitar de forma bem simples alguns excessos que atrapalham a compreensão dos sons que estão sendo emitidos como por exemplo a voz de quem está falando no microfone.
Isso fecha um círculo básico de itens que um grupo de louvor precisa. Podemos ter vários itens extra que ajudam a aumentar a potencializar essa banda.
Agora vamos à banda:
- Instrumentos: Temos igrejas que têm seus próprios intrumentos. De todos os instrumentos, geralmente a igreja costuma ter a bateria a o teclado ou piano, pois são os piores para carregar e montar. O teclado nem tanto, mas como é muito usado devido à sua versatilidade, é comum mais de uma pessoa usar no mesmo dia e por isso algumas igrejas preferem ter seu próprio teclado. Algumas igrejas optam por ter guitarra, baixo e violão também, e outras não ligam pois os músicos já têm seus próprios instrumentos e fazem questão de usá-los. Cada igreja deve avaliar a sua necessidade e trabalhar em cima disso. Não tem um certo ou errado a respeito de que instrumentos a igreja deve ter, se é que deve.
- Repertório: Montar um repertório não é tao fácil para uma banda que toca todo fim de semana, mas seria interessante que os músicos saibam quais as músicas que são ou podem ser tocadas.
Ensaio: Os membros da banda devem gastar um tempo para ensaiar se quiserem ter qualidade. O ensaio começa em casa, sozinho, aprimorando sua técnica com seu instrumento. Pode-se chamar isso de pré-ensaio. O ensaio mesmo é a extensão em grupo do que foi realizado em casa.
- Local para ensaio: Uma vez que a banda irá ensaiar, é necessário um lugar com estrutura suficiente para suportar a banda.
- Palco: Seria o lugar onde a banda irá tocar. Um palco não necessita ser um tablado alto que nem vemos em teatros ou shows, mas uma limitação ao público, para que ele não corra risco de tropeçar em fios, derrubar instrumentos, etc. Esse lugar deve ter a estrutura para a banda com itens básicos como tomadas, iluminação, ventilação se possível, uma saída lateral pode ajudar em determinadas situações.
- Público: O público é um principal interessado na banda e por isso deve ser levado em conta. Devemos conhecer o nosso público e trabalhar para ele, estimulando-o a participar do louvor. Lembre-se de sempre pensar no seu público.
Líder vocal e backing vocal
Por muito tempo eu toquei em igrejas que tinham por princípio deixar o volume dos vocalistas no mesmo volume ou pouco mais baixo que a voz do público.
Eu sempre me perguntei se esse era o melhor jeito de lidar com a música do louvor, mas como eu não exercia liderança na banda eu tinha o previlégio de poder não ter opinião.
Mas e agora? Se eu fizer um grupo de louvor como eu vou preferir trabalhar?
Vamos aos prós e contras
Vocalistas com volume baixo
Prós:
1- Controlar o volume da banda e consequentemente do público
2- Esconde alguma voz desafinada ou estridente
3- Evita o vocalista querer trazer alguma mensagem, atendo-se apenas à música
4- Mantém a cultura ou costume local
5- Evitar picos na voz dos vocalistas causados por mau uso do microfone e por falta de equipamento que corte picos de volume
6- Evita que o louvor transforme-se numa apresentação ou num show
Contras:
1- A falta de orientação pode atrapalhar o público, causando uma série de desencontros entre banda e público
2- A falta da melodia principal pode confundir os músicos que estão mais propensos a errar e confundir a parte da música que estão tocando
3- Torna os vocalistas dispensáveis
4- Impossibilita a ministração do louvor, uma vez que o público não ouvirá quem fala
5- Desmotiva a banda e principalmente os vocalistas a participar da banda
6- Demonstra claramente que a liderança da igreja não confia na banda
7- Não permite que sejam feitas orações audíveis
8- A música provavelmente perderá grande parte de sua dinâmica
A principal meta daquele que quer que a voz dos vocalistas não se sobressaia ao público provavelmente é o controle do volume.
Talvez isso seja funcional para uma banda muito iniciante, mas hoje em dia temos recursos demais para nos apegar ao passado.
Se a igreja decidir permanecer com o princípio de deixar os vocais com volume abaixo do público, que seja por questão de estilo ou cultura e não por não confiar na banda.
As pessoas aprendem com o tempo e podem ser ensinados a estar "à frente" e os músicos sempre serão parte da liderança da igreja, uma vez que ao tocar, assumem um paple de destaque e serão referência principalmente aos jovens e adolescentes.
Mas para arrematar, o legal é realmente o vocalista da banda ter o som de sua voz mais alto que o público, assim como num disco ou numa apresentação de uma banda pois além de ser o considerado o normal nos dias de hoje, faz com que os vocalistas sirvam de guia para o público e possam ministrar o louvor, orar, ler passagens bíblicas, etc.
A ministração do louvor fica meio aleijada sem a voz dos vocalistas, porém é uma questão de estilo, que se formos ver afundo é na verdade uma questão do estado de maturidade dessa banda e da igreja, que quando tiver pessoas capacitadas e uma liderança descentralizadora , que autoriza a banda a fazer o louvor fluir e que qualquer problema de diferença de ideologias entre banda e igreja já foi discutido e os parâmetros e limites estabelecidos.
Na verdade, uma vez que a banda existe e está ativa nas atividades da igreja, é importante que sejam capacitadas e também alertadas de suas responsabilidades e ensinadas a manter a crescente habilidade musical sem abandonar a humildade de quem é amigo e servo.
Eu sempre me perguntei se esse era o melhor jeito de lidar com a música do louvor, mas como eu não exercia liderança na banda eu tinha o previlégio de poder não ter opinião.
Mas e agora? Se eu fizer um grupo de louvor como eu vou preferir trabalhar?
Vamos aos prós e contras
Vocalistas com volume baixo
Prós:
1- Controlar o volume da banda e consequentemente do público
2- Esconde alguma voz desafinada ou estridente
3- Evita o vocalista querer trazer alguma mensagem, atendo-se apenas à música
4- Mantém a cultura ou costume local
5- Evitar picos na voz dos vocalistas causados por mau uso do microfone e por falta de equipamento que corte picos de volume
6- Evita que o louvor transforme-se numa apresentação ou num show
Contras:
1- A falta de orientação pode atrapalhar o público, causando uma série de desencontros entre banda e público
2- A falta da melodia principal pode confundir os músicos que estão mais propensos a errar e confundir a parte da música que estão tocando
3- Torna os vocalistas dispensáveis
4- Impossibilita a ministração do louvor, uma vez que o público não ouvirá quem fala
5- Desmotiva a banda e principalmente os vocalistas a participar da banda
6- Demonstra claramente que a liderança da igreja não confia na banda
7- Não permite que sejam feitas orações audíveis
8- A música provavelmente perderá grande parte de sua dinâmica
A principal meta daquele que quer que a voz dos vocalistas não se sobressaia ao público provavelmente é o controle do volume.
Talvez isso seja funcional para uma banda muito iniciante, mas hoje em dia temos recursos demais para nos apegar ao passado.
Se a igreja decidir permanecer com o princípio de deixar os vocais com volume abaixo do público, que seja por questão de estilo ou cultura e não por não confiar na banda.
As pessoas aprendem com o tempo e podem ser ensinados a estar "à frente" e os músicos sempre serão parte da liderança da igreja, uma vez que ao tocar, assumem um paple de destaque e serão referência principalmente aos jovens e adolescentes.
Mas para arrematar, o legal é realmente o vocalista da banda ter o som de sua voz mais alto que o público, assim como num disco ou numa apresentação de uma banda pois além de ser o considerado o normal nos dias de hoje, faz com que os vocalistas sirvam de guia para o público e possam ministrar o louvor, orar, ler passagens bíblicas, etc.
A ministração do louvor fica meio aleijada sem a voz dos vocalistas, porém é uma questão de estilo, que se formos ver afundo é na verdade uma questão do estado de maturidade dessa banda e da igreja, que quando tiver pessoas capacitadas e uma liderança descentralizadora , que autoriza a banda a fazer o louvor fluir e que qualquer problema de diferença de ideologias entre banda e igreja já foi discutido e os parâmetros e limites estabelecidos.
Na verdade, uma vez que a banda existe e está ativa nas atividades da igreja, é importante que sejam capacitadas e também alertadas de suas responsabilidades e ensinadas a manter a crescente habilidade musical sem abandonar a humildade de quem é amigo e servo.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Dinâmica
Afinal de contas, o que é dinâmica?
O conceito é um tanto subjetivo, mas é muito prático.
Você já deve ter tido um professor de escola, faculdade, cursinho ou qualquer outro lugar que tem o costume de falar sem variar nem um pouco o tom de voz. Parece um robô falando e não se sinta envergonhado em dizer que isso te dava sono, pois essa regularidade dá sono mesmo em qualquer ser humano.
E por que esse sono?
Parece que nosso cérebro foi feito para ser desafiado e na falta de desafio, ele fica desatento. A falta de variação no que escutamos nos deixa desatentos.
Imagine escutar uma piada 2, 3 ou 4 vezes seguidas. Quanto mais você escutar, menos ela terá graça.
Isso é por um motivo óbvio: nós não mantemos a atenção em algo repetitivo e isso inclui nossos ouvidos.
Se não tivermos variações na música ela não nos deixará com aquela vontade de quero mais, ou de: como será a próxima parte da música?
Vou deixar bem claro então: uma música que não tiver variações deixará o ouvinte acostumado com a música logo no começo e uma vez acostumado com ela, irá ficar desatento e não terá mais vontade de escutar essa música, que para ele, parecerá chata, repetitiva, feia, sem sentimentos, sem graça e a banda será apenas mais uma banda chata que não passa nada através de sua música sonolenta.
Tecnicamente dizendo, essa banda não tem dinâmica, ou seja, ela toca de forma linear.
E como fazer a tal dinâmica?
Na teoria é muito fácil e músicos que estão acostumados trabalhar em estúdio têm mais facilidade de entender.
Basicamente temos que entender que quanto mais instrumentos temos tocando, maior será o volume da nossa banda e trabalhar na dinâmica consiste em variar a intensidade da música que é feita tanto de volume quanto de notas.
Muita gente acha que dinâmica é apenas volume, mas não é só isso.
Temos vários, mas eu diria que temos seis itens que controlam a dinâmica: volume, velocidade, timbre, harmonia, letra e quantidade de instrumentos e de notas
O volume é o mais básico e fácil de lembrar, mas não é tão fácil controlar. Já vi igrejas onde o pessoal da mesa de som aumentava e diminuia a dinâmica de acordo com a música e era muito bem planejado. Seria legal a banda conseguir fazer isso por conta própria, mas é bem difícil faer isso na mão e no ouvido. Quando a música é gravada num estúdio, em determinado momento ela é lapidada de forma a ter essas variações no volume.
A velocidade também influencia, pois a música rápida "empurra a música para a frente" e dá uma sensação de corrida e de que a música está fluindo, porém pode ser agressiva e não agradar tanto alguns ouvidos. Pode ser representada por virada de bateria, solos de instrumentos, ou até mesmo no conjunto.
O timbre é a propriedade do instrumento de ter uma personalidade e isso inclui a voz humana. Temos timbres mais calmos e outros agressivos. Um violão de nylon pode ter um som muito suave e em contrapartida, uma guitarra distorcida vai deixar o som agressivo. O timbre do instrumento, quando transmitido de forma eletrônica pode ser "aquecido" pelo uso de equipamentos como o pré-amp, que vai aumentar o gain ou ganho do instrumento, até distorcê-lo.
Esse ganho é uma forma de deixar o som mais enérgico e tornou-se uma forma muito comum de dar vida ao som.
A harmonia também influencia na intensidade da música, pois músicas comumente são dotadas de dissonâncias que são "resolvidas". Músicas com muitas dissonâncias que não são resolvidas com frequência ou que são postergadas dão o tom mais dramático à música e aumenta sua intensidade.
A letra segue o mesmo rumo e da mesma forma que a harmonia, ela tem o dom de passar diversas emoções para o ouvinte. Se passar emoções fortes vai aumentar a intensidade da música.
A quantidade de instrumentos e de notas também aumentam a dinâmica da música pois aumentando a quantidade instrumentos, temos mais notas tocadas ao mesmo tempo.
A pausa também é música e lembre-se que muitas vezes nossos instrumentos devem fazer a pausa, pois aquele é o momento de dinâmica fraca e para isso devemos cortar a intensidade da música e uma forma muito funcional é diminuindo a quantidade de instrumentos.
O conceito é um tanto subjetivo, mas é muito prático.
Você já deve ter tido um professor de escola, faculdade, cursinho ou qualquer outro lugar que tem o costume de falar sem variar nem um pouco o tom de voz. Parece um robô falando e não se sinta envergonhado em dizer que isso te dava sono, pois essa regularidade dá sono mesmo em qualquer ser humano.
E por que esse sono?
Parece que nosso cérebro foi feito para ser desafiado e na falta de desafio, ele fica desatento. A falta de variação no que escutamos nos deixa desatentos.
Imagine escutar uma piada 2, 3 ou 4 vezes seguidas. Quanto mais você escutar, menos ela terá graça.
Isso é por um motivo óbvio: nós não mantemos a atenção em algo repetitivo e isso inclui nossos ouvidos.
Se não tivermos variações na música ela não nos deixará com aquela vontade de quero mais, ou de: como será a próxima parte da música?
Vou deixar bem claro então: uma música que não tiver variações deixará o ouvinte acostumado com a música logo no começo e uma vez acostumado com ela, irá ficar desatento e não terá mais vontade de escutar essa música, que para ele, parecerá chata, repetitiva, feia, sem sentimentos, sem graça e a banda será apenas mais uma banda chata que não passa nada através de sua música sonolenta.
Tecnicamente dizendo, essa banda não tem dinâmica, ou seja, ela toca de forma linear.
E como fazer a tal dinâmica?
Na teoria é muito fácil e músicos que estão acostumados trabalhar em estúdio têm mais facilidade de entender.
Basicamente temos que entender que quanto mais instrumentos temos tocando, maior será o volume da nossa banda e trabalhar na dinâmica consiste em variar a intensidade da música que é feita tanto de volume quanto de notas.
Muita gente acha que dinâmica é apenas volume, mas não é só isso.
Temos vários, mas eu diria que temos seis itens que controlam a dinâmica: volume, velocidade, timbre, harmonia, letra e quantidade de instrumentos e de notas
O volume é o mais básico e fácil de lembrar, mas não é tão fácil controlar. Já vi igrejas onde o pessoal da mesa de som aumentava e diminuia a dinâmica de acordo com a música e era muito bem planejado. Seria legal a banda conseguir fazer isso por conta própria, mas é bem difícil faer isso na mão e no ouvido. Quando a música é gravada num estúdio, em determinado momento ela é lapidada de forma a ter essas variações no volume.
A velocidade também influencia, pois a música rápida "empurra a música para a frente" e dá uma sensação de corrida e de que a música está fluindo, porém pode ser agressiva e não agradar tanto alguns ouvidos. Pode ser representada por virada de bateria, solos de instrumentos, ou até mesmo no conjunto.
O timbre é a propriedade do instrumento de ter uma personalidade e isso inclui a voz humana. Temos timbres mais calmos e outros agressivos. Um violão de nylon pode ter um som muito suave e em contrapartida, uma guitarra distorcida vai deixar o som agressivo. O timbre do instrumento, quando transmitido de forma eletrônica pode ser "aquecido" pelo uso de equipamentos como o pré-amp, que vai aumentar o gain ou ganho do instrumento, até distorcê-lo.
Esse ganho é uma forma de deixar o som mais enérgico e tornou-se uma forma muito comum de dar vida ao som.
A harmonia também influencia na intensidade da música, pois músicas comumente são dotadas de dissonâncias que são "resolvidas". Músicas com muitas dissonâncias que não são resolvidas com frequência ou que são postergadas dão o tom mais dramático à música e aumenta sua intensidade.
A letra segue o mesmo rumo e da mesma forma que a harmonia, ela tem o dom de passar diversas emoções para o ouvinte. Se passar emoções fortes vai aumentar a intensidade da música.
A quantidade de instrumentos e de notas também aumentam a dinâmica da música pois aumentando a quantidade instrumentos, temos mais notas tocadas ao mesmo tempo.
A pausa também é música e lembre-se que muitas vezes nossos instrumentos devem fazer a pausa, pois aquele é o momento de dinâmica fraca e para isso devemos cortar a intensidade da música e uma forma muito funcional é diminuindo a quantidade de instrumentos.
Timbre
Timbre é a qualidade do som que permite identificar a origem do som.
Quando escutamos um som de piano, baixo, guitarra, a voz de alguém, temos como identificar de onde veio o som.
A voz de pessoas também é reconhecida pois ela possui um timbre característico
O timbre é como uma identidade própria que o emissor do som possui.
Assim como a voz humana, um instrumento pode ter um timbre mais bonito ou mais feio.
Com o tempo, o músico vai entender porque certos instrumentos são tão caros, como por exemplo um violino Stradivarius, que pode custar milhões e vai entender porque um que vende na loja da esquina custas quatrocentos reais.
Muito que explica a diferença do preço está na qualidade do instrumento, que ao exemplo do violão pode ser acústico ou elétrico. O elétrico certamente terá mais componentes para a sua captação e tende a ter seu preço maior, porém ainda assim podemos ver um violão Martin completamente simples porém mais caro.
Existem instrumentos que possuem um timbre muito bonito e muitas vezes pagamos caro por esse timbre, que geralmente requer cuidados especiais do fabricante, como por exemplo uma madeira mais cara, ferragens que não oxidam, captadores muito sensíveis, etc.
Esses detalhes de fabricação costumam sair caro, ainda mais levando em conta que são muitas vezes instrumentos feitos de forma artesanal e não manufaturados.
A mão humana ainda supera a máquina na confexão de instrumentos musicais.
Bem, como já falei, existem timbres bonitos e timbres feios ou não tão bonitos.
Agora o óbvio: não seria uma boa idéia buscarmos timbres bonitos e apropriados para nossos instrumentos, uma vez que eles podem deixar minha música com o som feio ou bonito?
A idéia é essa.
Baterista, aprenda afinar sua bateria. Não deixe ela com o som de um balde. Se necessário, troque a pele da bateria. Temos diversas vídeo aulas disponíveis na internet de gente ensinando a afinar e tirar um som bom da sua bateria.
Sobre os pratos, tente com o tempo.ter pratos de melhor liga. Qualquer site de pratos explica melhor como esse negócio de liga funcionam, mas basicamente, o som de lata é geralmente barulhento e feio.
Busque entender o som dos pratos e dentro do possível vá dando um upgrade no seu kit.
Não dá para tirar um som bonito de um monte de balde com latas.
Aprenda também a usar diferentes baquetas. Isso pode te dar uma boa gama de possibilidades.
Tecladista, entenda que seu instrumento é capaz de emitir mais de quinhentos timbres. Ache um bom de piano, um bom string, um lead, caso você esteja apto a solar como guitarrista.
Ache timbres para variadas situações da música, como por exemplo, um que se encaixe em introduções de músicas, algumas para o fim das músicas, algumas para cobrir momentos de reflexão ou de oração, etc.
Inspire-se em músicos famosos.
Ouça músicas. O rock progressivo, a música celta, o gospel, são exemplos de músicas carregadas de teclado e não somente de piano.
Ouça muita coisa diferente e tente reproduzir esses sons no seu teclado.
Baixista, saiba aquecer o som de seu baixo com um pré-amp. Saiba equalizar seu baixo para dar slap, para tocar pizzicato, para momentos de dinâmica forte e para momentos que a música pede calma e moderação.
Pedaie de efeito podem deixar seu instrumento mais versátil, como chorus e o oitavador.
Guitarrista, procure efeitos de guitarra para solos, para momentos que a música pede calma, como por exemplo um chorus com um pouco de ganho, mas sem distorcer.
Procure também efeito que simule violão para tornar seu instrumento muito versátil.
Tenha efeitos de solo de guitarra, outros de base e varie de acordo com a necessidade da música.
Violão, seu instrumento é um instrumento que parece não requerer cuidados, mas um reverb ajuda no som de seu instrumento, sendo de corda de aço ou de nylon.
Saiba variar entre as técnicas de dedilhado e a técnica normal de tocar violão. Em momentos mais calmos o dedilhado pode ser a melhor opção por dar menos volume à música.
Vocal, aprenda a cantar usando o diafragma e não apenas com a garganta. Sua voz pode passar muita emoção e por isso você deve saber controlar a intensidade de sua voz.
Tem muita coisa a ser dita ainda, mas nunca esqueça que um timbre bonito traz beleza à música, um timbre potente traz força à música, um timbre suave torna a música calma, da mesma forma um timbre feio deixa a música feia.
Pense nisso.
Quando escutamos um som de piano, baixo, guitarra, a voz de alguém, temos como identificar de onde veio o som.
A voz de pessoas também é reconhecida pois ela possui um timbre característico
O timbre é como uma identidade própria que o emissor do som possui.
Assim como a voz humana, um instrumento pode ter um timbre mais bonito ou mais feio.
Com o tempo, o músico vai entender porque certos instrumentos são tão caros, como por exemplo um violino Stradivarius, que pode custar milhões e vai entender porque um que vende na loja da esquina custas quatrocentos reais.
Muito que explica a diferença do preço está na qualidade do instrumento, que ao exemplo do violão pode ser acústico ou elétrico. O elétrico certamente terá mais componentes para a sua captação e tende a ter seu preço maior, porém ainda assim podemos ver um violão Martin completamente simples porém mais caro.
Existem instrumentos que possuem um timbre muito bonito e muitas vezes pagamos caro por esse timbre, que geralmente requer cuidados especiais do fabricante, como por exemplo uma madeira mais cara, ferragens que não oxidam, captadores muito sensíveis, etc.
Esses detalhes de fabricação costumam sair caro, ainda mais levando em conta que são muitas vezes instrumentos feitos de forma artesanal e não manufaturados.
A mão humana ainda supera a máquina na confexão de instrumentos musicais.
Bem, como já falei, existem timbres bonitos e timbres feios ou não tão bonitos.
Agora o óbvio: não seria uma boa idéia buscarmos timbres bonitos e apropriados para nossos instrumentos, uma vez que eles podem deixar minha música com o som feio ou bonito?
A idéia é essa.
Baterista, aprenda afinar sua bateria. Não deixe ela com o som de um balde. Se necessário, troque a pele da bateria. Temos diversas vídeo aulas disponíveis na internet de gente ensinando a afinar e tirar um som bom da sua bateria.
Sobre os pratos, tente com o tempo.ter pratos de melhor liga. Qualquer site de pratos explica melhor como esse negócio de liga funcionam, mas basicamente, o som de lata é geralmente barulhento e feio.
Busque entender o som dos pratos e dentro do possível vá dando um upgrade no seu kit.
Não dá para tirar um som bonito de um monte de balde com latas.
Aprenda também a usar diferentes baquetas. Isso pode te dar uma boa gama de possibilidades.
Tecladista, entenda que seu instrumento é capaz de emitir mais de quinhentos timbres. Ache um bom de piano, um bom string, um lead, caso você esteja apto a solar como guitarrista.
Ache timbres para variadas situações da música, como por exemplo, um que se encaixe em introduções de músicas, algumas para o fim das músicas, algumas para cobrir momentos de reflexão ou de oração, etc.
Inspire-se em músicos famosos.
Ouça músicas. O rock progressivo, a música celta, o gospel, são exemplos de músicas carregadas de teclado e não somente de piano.
Ouça muita coisa diferente e tente reproduzir esses sons no seu teclado.
Baixista, saiba aquecer o som de seu baixo com um pré-amp. Saiba equalizar seu baixo para dar slap, para tocar pizzicato, para momentos de dinâmica forte e para momentos que a música pede calma e moderação.
Pedaie de efeito podem deixar seu instrumento mais versátil, como chorus e o oitavador.
Guitarrista, procure efeitos de guitarra para solos, para momentos que a música pede calma, como por exemplo um chorus com um pouco de ganho, mas sem distorcer.
Procure também efeito que simule violão para tornar seu instrumento muito versátil.
Tenha efeitos de solo de guitarra, outros de base e varie de acordo com a necessidade da música.
Violão, seu instrumento é um instrumento que parece não requerer cuidados, mas um reverb ajuda no som de seu instrumento, sendo de corda de aço ou de nylon.
Saiba variar entre as técnicas de dedilhado e a técnica normal de tocar violão. Em momentos mais calmos o dedilhado pode ser a melhor opção por dar menos volume à música.
Vocal, aprenda a cantar usando o diafragma e não apenas com a garganta. Sua voz pode passar muita emoção e por isso você deve saber controlar a intensidade de sua voz.
Tem muita coisa a ser dita ainda, mas nunca esqueça que um timbre bonito traz beleza à música, um timbre potente traz força à música, um timbre suave torna a música calma, da mesma forma um timbre feio deixa a música feia.
Pense nisso.
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