Oi pessoal
Vou falar sobre uma coisa que muitos já fizeram, mas pararam.
Aula de música.
Esse negócio de que o grupo de louvor tem que ser profissional, muito bom, impecável, às vezes até pago na verdade é bem polêmico e não sou eu quem vai bater o martelo no que está certo ou no que está errado. Nem vou levantar a questão.
Porém não acredito que seja muito produtivo quando uma banda de louvor não consegue manter a coerência musical, uma certa simetria musical.
Estou falando de começo meio e fim.
Também estou falando de notas musicais e ritmo.
Quantas vezes já não presenciei bandas que não conseguem tocar as notas corretamente. Às vezes parece até que estão tocando musicas diferentes.
Se é uma banda que está começando agente dá um desconto, pois a banda encaixa num contexto, mas em lugares que há recurso, verba, pessoas, etc, temos que caprichar.
Entendo perfeitamente que para termos um louvor, não precisamos nem de instrumentos musicais, mas se vamos usá-los, devemos fazer direito, dentro do possível.
Cada lugar tem a sua realidade e seu público. Uns são exigentes e outros não, e como banda, é legal que consigamos atingir o público, para não cometermos o erro de desviar a atenção deles com erros e também com excessos ou exageros.
Bem, mas o foco aqui é outro.
Músicos, reflitam sobre o seu ministério e veja se o que você sabe de música está dentro da proposta do grupo, ou se você, mesmo que com boa vontade, esteja abaixo do ideal para que a banda consiga tocar com a seriedade que o período de louvor merece.
Reflita de tempos em tempos se sua musicalidade está realmente ajudando. Seja crítico consigo mesmo.
Aproveite e reflita também no porque de tocar no louvor. Veja se sua motivação é realmente nobre. Se não for, mude, corrija-se.
É muito interessante que você toque no louvor atingindo essas duas metas: a motivação correta e a qualidade musical suficiente e adequada para a sua igreja.
Abraço e até a próxima
Louvor Moderno
Louvor Moderno, Dicas de louvor
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Um ensaio do terror
Olá pessoal
Toda banda que deseja fazer uma boa apresentação, ou seja, executar as músicas de forma correta precisa de alguns elementos para que isso ocorra e um desses elementos é o ensaio.
Curioso que esse mesmo elemento seja um dos principais problemas das bandas.
E o problema muitas vezes já começa na hora que precisamos marcar o horário do ensaio. Às vezes a banda é formada com pessoas que tem não conseguem combinar seus horários.
Temos bandas que preferem ensaiar em estúdio e é muito curioso que, as pessoas, por terem pagado para usar o local, se esforçam para aproveitar o máximo possível. O ar do estúdio parece dar um tom de profissionalismo aos músicos.
Porém essa não é a realidade para a maioria das bandas e até quem toca no estúdio pode ter a sensação de que ele não foi muito proveitoso, poderia ter sido melhor, ou que foi realmente péssimo.
Uma questão que agrava ainda mais a necessidade de bons ensaios é a questão do repertório extenso. O músico tem que conhecer diversas músicas e tem apenas uma semana para ensaiar as músicas deste fim de semana. Pior ainda quando a banda toca em mais de um evento por semana e vai se agravando quando a quantidade de músicas é grande e todo mundo sabe que não é bom repetir músicas de um dia para o outro, ou seja, aquelas músicas do sábado, aproveitadas também no domingo. Uma igreja que toca poucas músicas toca três ou quatro músicas por evento/culto no mínimo. Temos igrejas que tocam dez, quinze.
Numa banda que toca em média quatro músicas por domingo (caso a banda toque apenas de noite ou de manhã) são dezesseis músicas num mês, que é mais que um repertório de show de banda famosa.
Imagina uma banda que precisa tocar quinze músicas por domingo! São sessenta música num mês de quatro domingos e nada mais que setenta músicas num mês de cinco finais de semana.
Tem muita banda profissional que tem disco com música própria que não tem isso de músicas no seu hall de músicas após dez, quinze anos de carreira.
Então grupos de louvor são bandas de execução de músicas em massa e por isso sofrem com ensaios, afinal, a música deste ensaio será tocada no fim de semana e não serão retomadas na semana seguinte. Algumas igrejas já contam com mais de um conjunto e dessa forma os conjuntos conseguem uma pausa para descanso que também pode ser usada para melhorar seu planejamento ou aumentar seu coeficiente ensaio por apresentação.
Esse excesso de músicas validam a utilização de um ministro de música, que se for bem utilizado, pode transformar o ensaio em algo mais enxuto, pois na hora de tocar, será ele quem irá coordenar todas as músicas.
Então, aproveito para listar aqui algumas regras para serem seguidas caso você quiser ter um péssimo ensaio:
- Não deixe claro para os músicos se terá ou não ensaio;
- Não avise o horário de forma clara;
- Não informe as música que serão tocadas;
- Não avise os responsáveis da mesa de som que terá ensaio;
- Faça devocionais antes ou depois de todos os ensaios;
- Chegue bem em cima do horário ou atrasado, principalmente se você for o líder;
- Use o horário do ensaio para lavar a "roupa suja";
- Trate os demais membros da banda coo se fossem seus subordinados;
- Traga o máximo de amigos para verem o ensaio;
- Não afine seu instrumento;
- Durante a semana, não peça para Deus auxiliar a banda e o ensaio(oração);
- Considere os músicos como se fossem profissionais e nem pense em considerar que eles são voluntários;
- Gaste tempo fazendo Jams;
- Mostre toda a sua qualidade técnica;
- Fale mal de pastor, da liderança da igreja, de determinadas organizações;
- Não ligue para o horário de encerramento do ensaio;
Isso vai tornar seu ensaio realmente tenebroso e vai deixar o clima bem pesado.
Se for isso que você quiser, aí está a dica !
Toda banda que deseja fazer uma boa apresentação, ou seja, executar as músicas de forma correta precisa de alguns elementos para que isso ocorra e um desses elementos é o ensaio.
Curioso que esse mesmo elemento seja um dos principais problemas das bandas.
E o problema muitas vezes já começa na hora que precisamos marcar o horário do ensaio. Às vezes a banda é formada com pessoas que tem não conseguem combinar seus horários.
Temos bandas que preferem ensaiar em estúdio e é muito curioso que, as pessoas, por terem pagado para usar o local, se esforçam para aproveitar o máximo possível. O ar do estúdio parece dar um tom de profissionalismo aos músicos.
Porém essa não é a realidade para a maioria das bandas e até quem toca no estúdio pode ter a sensação de que ele não foi muito proveitoso, poderia ter sido melhor, ou que foi realmente péssimo.
Uma questão que agrava ainda mais a necessidade de bons ensaios é a questão do repertório extenso. O músico tem que conhecer diversas músicas e tem apenas uma semana para ensaiar as músicas deste fim de semana. Pior ainda quando a banda toca em mais de um evento por semana e vai se agravando quando a quantidade de músicas é grande e todo mundo sabe que não é bom repetir músicas de um dia para o outro, ou seja, aquelas músicas do sábado, aproveitadas também no domingo. Uma igreja que toca poucas músicas toca três ou quatro músicas por evento/culto no mínimo. Temos igrejas que tocam dez, quinze.
Numa banda que toca em média quatro músicas por domingo (caso a banda toque apenas de noite ou de manhã) são dezesseis músicas num mês, que é mais que um repertório de show de banda famosa.
Imagina uma banda que precisa tocar quinze músicas por domingo! São sessenta música num mês de quatro domingos e nada mais que setenta músicas num mês de cinco finais de semana.
Tem muita banda profissional que tem disco com música própria que não tem isso de músicas no seu hall de músicas após dez, quinze anos de carreira.
Então grupos de louvor são bandas de execução de músicas em massa e por isso sofrem com ensaios, afinal, a música deste ensaio será tocada no fim de semana e não serão retomadas na semana seguinte. Algumas igrejas já contam com mais de um conjunto e dessa forma os conjuntos conseguem uma pausa para descanso que também pode ser usada para melhorar seu planejamento ou aumentar seu coeficiente ensaio por apresentação.
Esse excesso de músicas validam a utilização de um ministro de música, que se for bem utilizado, pode transformar o ensaio em algo mais enxuto, pois na hora de tocar, será ele quem irá coordenar todas as músicas.
Então, aproveito para listar aqui algumas regras para serem seguidas caso você quiser ter um péssimo ensaio:
- Não deixe claro para os músicos se terá ou não ensaio;
- Não avise o horário de forma clara;
- Não informe as música que serão tocadas;
- Não avise os responsáveis da mesa de som que terá ensaio;
- Faça devocionais antes ou depois de todos os ensaios;
- Chegue bem em cima do horário ou atrasado, principalmente se você for o líder;
- Use o horário do ensaio para lavar a "roupa suja";
- Trate os demais membros da banda coo se fossem seus subordinados;
- Traga o máximo de amigos para verem o ensaio;
- Não afine seu instrumento;
- Durante a semana, não peça para Deus auxiliar a banda e o ensaio(oração);
- Considere os músicos como se fossem profissionais e nem pense em considerar que eles são voluntários;
- Gaste tempo fazendo Jams;
- Mostre toda a sua qualidade técnica;
- Fale mal de pastor, da liderança da igreja, de determinadas organizações;
- Não ligue para o horário de encerramento do ensaio;
Isso vai tornar seu ensaio realmente tenebroso e vai deixar o clima bem pesado.
Se for isso que você quiser, aí está a dica !
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Mantras gospel intermináveis
Muita gente tem criticado essas músicas tocadas em igrejas ou em shows de artistas gospel que se alongam com bastante repetição de frases, onde geralmente a letra da música já não é tão grande.
Me refiro àquelas músicas que tem um ou dois versos e o coro, onde ocorrem bastante repetições.
Eu sempre vi gente reclamando desse tipo de coisa mas sempre achei que fosse meio que um exagero do pessoal , que afirma que essas músicas são mantras gospel intermináveis.
Bem, o termo mantra é usado em algumas religiões não cristãs e por isso é usado no sentido de desprestigiar. Seria interessante se não usassem esse termo para não ofender os irmãos que estão tocando. Já o termo intermináveis serve como crítica e como nós somos pessoas razoáveis e que queremos o bem comum vamos pensar um pouco sobre essa crítica afinal de contas, ela é válida ou não?
Hoje mesmo eu estava vendo um vídeo de uma artista e o show tinha três horas, e logo no começo eu pensei: caramba, quanta música! Fiquei meio desapontado quando estava nos 12 minutos e ainda estava na primeira música. Com bom humor eu pensei: assim fica fácil fazer um louvor desse tamanho, hehe. A música acabou lá pelos seus 13 minutos e meio. Nesses tempo, tivemos a música, um interlúdio onde a cantora repetiu o coro muitas vezes, a música de novo, mais um interlúdio e a música ficou um bom tempo no refrão.
O curioso é que a câmera filmou o público e eu não vi uma pessoa sequer que não estivesse no clima até os oito minutos. A partir daí o pessoal que estava no público começou a parar de cantar e lá pelos 12 minutos o pessoal estava assistindo a banda. Pelo visto era um público acostumado com esse estilo "ministrado" de louvor. Coloquei aspas no ministrado não porque critico se é ou não autêntico e sim porque esse é um estilo de tocar. Acho que vou começar a usar esse termo "louvor ministrado" com mais frequência.
Voltando ao assunto, esse estilo ministrado de louvor parece válido, porém ele abre margem para as críticas e de certa forma dão motivo para isso.
Uma música de rádio costuma durar de três a três minutos e meio. A rádio sabe que se tocar uma música maior due isso, a chance do público mudar de estação é grande, porque no momento que a música não oferecer nada mais ou demorar demais para chegar num lugar legal (dinâmica alta) o dedo da pessoa vai coçar para trocar de estação. Então as rádios tocam músicas curtas e vão variando de estilo musical para atrair todos os gostos pois se você não gostou de uma música mas não quer ficar mudando de rádio, talves da próxima música você goste, e dessa forma a rádio vai alternando estilos musicais: toca um rock, uma música pop, uma mais antiga, uma baladinha romântica, uma novidade, uma música dance e volta para o rock, toca de novo uma música pop e assim vai.
Isso acontece por que a rádio não quer de maneira nenhuma que você mude de estação.
E falando de técnica musical, a música grande deve ter muito conteúdo para conseguir atrair a atenção do público. Bandas de rock ou metal progressivo são as que costumam fazer músicas mais extensas e a estrutura das músicas deles é bem diferente desse padrão da indústria fonográfica.
Uma música geralmente tem intro-verso-coro-verso-coro-fim ou intro-verso-coro-verso-coro-ponte-coro-fim. Essas duas são as mais comuns.
Numa música progressiva e na clássica temos variações que incluem solos de instrumentos geralmente bem técnicos de três minutos, pontes entre as partes da música, interlúdios, diferentes versos, onde não apenas a letra é diferente, mas também os instrumentos tocam algo diferente e isso dá à música cara de estar entrando num ambiente diferente e não a impressão que você entrou na sala de uma casa e foi para o quarto, voltou para a sala, foi para o mesmo quarto, voltou para a sala, voltou para o quarto, entende? Nosso ouvido quer ouvir sempre um ambiente novo e dependendo da extensão da música nem fazendo um bom trabalho de dinâmica pode ajudar muito. A idéia é essa: se formos ser óbvios o tempo todo, não tem porque continuar pois já sei o que virá adiante. Para a música não morrer no meio deve existir no ouvinte a dúvida do que virá adiante.
Criar um segundo tipo de verso criará essa idéia de um outro quarto e uma ponte fará parecer um corredor. Falar isso soa meio esquisito, mas a idéia é bem essa.
Outra coisa que ajuda a música que for mais longa é o timbre dos intrumentos. A música celta por exemplo é lenta, mas dá aquele clima majestoso com instrumentos não tão comuns por aqui como gaita de foles, flauta irlandesa, o tin whistle, que é um instrumento de sopro parecido com a flauta e outros.
Esses instrumentos tem um timbre muito legal para dar clima.
Se você quiser dar um clima para a música, pense muito nos timbres, porque timbres feios não vão te ajudar.
Agora fica a minha sugestão se sua banda quiser fazer esse tipo de louvor ministrado:
- Saiba a hora de parar;
- Não pregue no meio da música. Se for pregar, mantenha o teclado tocando de fundo e não toda a banda. Veja o exemplo deste vídeo aos 30:20 (trinta minutos e vinte segundos);
- Use bons timbres;
- Não fique tempo demais numa parte da música;
- Suba de tom no último coro, mas não faça isso em todas as músicas, pois denunciará falta de criatividade;
- Sequiser tanto "aquele" refrão, emende uma música a outra utilizando-se de pontes e , volte na primeira emendando também. Isso vai fazer a música ter ido e voltado e não dará a sensação de que você não sai do lugar. Faça isso utilizando técnica para não destruir a tonalidade das músicas. A ponte atenuará o impacto da mudança de música. Isso seria um medley de duas músicas;
- Perceba que cada público reage de uma forma. Públicos acostumados com louvor ministrado aguentam mais tempo a música sem sair do clima, e públicos menos acostumados irão dispersar;
- Descubra com sua experiência quanto tempo acostumados e desacostumados com ministração de louvor os públicos reagem bem à ministração e comece a levar isso sempre em conta. Respeite o público pois você como banda é o facilitador e não um impositor;
- Se sua banda for tecnicamente forte ficará mais fácil criar partes da música que tenham conteúdo que prenda a atenção do público. Encadeamento de acordes demasiados simples, solos simples, frases instrumentais simples, intruduções simples não costumam ajudar muito para manter o público atento. Resumindo: uma banda boa terá mais condições de manter um nível musical apropriado que colabore com a música grande;
- Se sua banda tiver muitos músicos iniciantes, faça o básico. Sua vontade de fazer algo grandioso pode forçá-los demais e gerar grande frustração em todos. Líder que é líder não puxa os outros pro buraco.
Agora, convenhamos que os tradicionais corinhos e os hinos são bem curtos até para o padrão da rádio. Então não é de se estranhar que o pessoal das antigas ou saudosistas estejam acostumados com músicas muito curtas e sem instrumentalidade. Essas músicas focavam a letra e ignoravam a habilidade do músico, que foi perdida com o tempo, e isso foi a regra que valeu por muito tempo nas igrejas.
No fim das contas, estamos sempre falando de gosto musical e não de certo e errado. Para acertar o gosto musical usamos a técnica e por isso sempre vou insistir na parte técnica, mas não apenas na qualidade musical, mas no propósito de tudo minusciosamente.
Me refiro àquelas músicas que tem um ou dois versos e o coro, onde ocorrem bastante repetições.
Eu sempre vi gente reclamando desse tipo de coisa mas sempre achei que fosse meio que um exagero do pessoal , que afirma que essas músicas são mantras gospel intermináveis.
Bem, o termo mantra é usado em algumas religiões não cristãs e por isso é usado no sentido de desprestigiar. Seria interessante se não usassem esse termo para não ofender os irmãos que estão tocando. Já o termo intermináveis serve como crítica e como nós somos pessoas razoáveis e que queremos o bem comum vamos pensar um pouco sobre essa crítica afinal de contas, ela é válida ou não?
Hoje mesmo eu estava vendo um vídeo de uma artista e o show tinha três horas, e logo no começo eu pensei: caramba, quanta música! Fiquei meio desapontado quando estava nos 12 minutos e ainda estava na primeira música. Com bom humor eu pensei: assim fica fácil fazer um louvor desse tamanho, hehe. A música acabou lá pelos seus 13 minutos e meio. Nesses tempo, tivemos a música, um interlúdio onde a cantora repetiu o coro muitas vezes, a música de novo, mais um interlúdio e a música ficou um bom tempo no refrão.
O curioso é que a câmera filmou o público e eu não vi uma pessoa sequer que não estivesse no clima até os oito minutos. A partir daí o pessoal que estava no público começou a parar de cantar e lá pelos 12 minutos o pessoal estava assistindo a banda. Pelo visto era um público acostumado com esse estilo "ministrado" de louvor. Coloquei aspas no ministrado não porque critico se é ou não autêntico e sim porque esse é um estilo de tocar. Acho que vou começar a usar esse termo "louvor ministrado" com mais frequência.
Voltando ao assunto, esse estilo ministrado de louvor parece válido, porém ele abre margem para as críticas e de certa forma dão motivo para isso.
Uma música de rádio costuma durar de três a três minutos e meio. A rádio sabe que se tocar uma música maior due isso, a chance do público mudar de estação é grande, porque no momento que a música não oferecer nada mais ou demorar demais para chegar num lugar legal (dinâmica alta) o dedo da pessoa vai coçar para trocar de estação. Então as rádios tocam músicas curtas e vão variando de estilo musical para atrair todos os gostos pois se você não gostou de uma música mas não quer ficar mudando de rádio, talves da próxima música você goste, e dessa forma a rádio vai alternando estilos musicais: toca um rock, uma música pop, uma mais antiga, uma baladinha romântica, uma novidade, uma música dance e volta para o rock, toca de novo uma música pop e assim vai.
Isso acontece por que a rádio não quer de maneira nenhuma que você mude de estação.
E falando de técnica musical, a música grande deve ter muito conteúdo para conseguir atrair a atenção do público. Bandas de rock ou metal progressivo são as que costumam fazer músicas mais extensas e a estrutura das músicas deles é bem diferente desse padrão da indústria fonográfica.
Uma música geralmente tem intro-verso-coro-verso-coro-fim ou intro-verso-coro-verso-coro-ponte-coro-fim. Essas duas são as mais comuns.
Numa música progressiva e na clássica temos variações que incluem solos de instrumentos geralmente bem técnicos de três minutos, pontes entre as partes da música, interlúdios, diferentes versos, onde não apenas a letra é diferente, mas também os instrumentos tocam algo diferente e isso dá à música cara de estar entrando num ambiente diferente e não a impressão que você entrou na sala de uma casa e foi para o quarto, voltou para a sala, foi para o mesmo quarto, voltou para a sala, voltou para o quarto, entende? Nosso ouvido quer ouvir sempre um ambiente novo e dependendo da extensão da música nem fazendo um bom trabalho de dinâmica pode ajudar muito. A idéia é essa: se formos ser óbvios o tempo todo, não tem porque continuar pois já sei o que virá adiante. Para a música não morrer no meio deve existir no ouvinte a dúvida do que virá adiante.
Criar um segundo tipo de verso criará essa idéia de um outro quarto e uma ponte fará parecer um corredor. Falar isso soa meio esquisito, mas a idéia é bem essa.
Outra coisa que ajuda a música que for mais longa é o timbre dos intrumentos. A música celta por exemplo é lenta, mas dá aquele clima majestoso com instrumentos não tão comuns por aqui como gaita de foles, flauta irlandesa, o tin whistle, que é um instrumento de sopro parecido com a flauta e outros.
Esses instrumentos tem um timbre muito legal para dar clima.
Se você quiser dar um clima para a música, pense muito nos timbres, porque timbres feios não vão te ajudar.
Agora fica a minha sugestão se sua banda quiser fazer esse tipo de louvor ministrado:
- Saiba a hora de parar;
- Não pregue no meio da música. Se for pregar, mantenha o teclado tocando de fundo e não toda a banda. Veja o exemplo deste vídeo aos 30:20 (trinta minutos e vinte segundos);
- Use bons timbres;
- Não fique tempo demais numa parte da música;
- Suba de tom no último coro, mas não faça isso em todas as músicas, pois denunciará falta de criatividade;
- Sequiser tanto "aquele" refrão, emende uma música a outra utilizando-se de pontes e , volte na primeira emendando também. Isso vai fazer a música ter ido e voltado e não dará a sensação de que você não sai do lugar. Faça isso utilizando técnica para não destruir a tonalidade das músicas. A ponte atenuará o impacto da mudança de música. Isso seria um medley de duas músicas;
- Perceba que cada público reage de uma forma. Públicos acostumados com louvor ministrado aguentam mais tempo a música sem sair do clima, e públicos menos acostumados irão dispersar;
- Descubra com sua experiência quanto tempo acostumados e desacostumados com ministração de louvor os públicos reagem bem à ministração e comece a levar isso sempre em conta. Respeite o público pois você como banda é o facilitador e não um impositor;
- Se sua banda for tecnicamente forte ficará mais fácil criar partes da música que tenham conteúdo que prenda a atenção do público. Encadeamento de acordes demasiados simples, solos simples, frases instrumentais simples, intruduções simples não costumam ajudar muito para manter o público atento. Resumindo: uma banda boa terá mais condições de manter um nível musical apropriado que colabore com a música grande;
- Se sua banda tiver muitos músicos iniciantes, faça o básico. Sua vontade de fazer algo grandioso pode forçá-los demais e gerar grande frustração em todos. Líder que é líder não puxa os outros pro buraco.
Agora, convenhamos que os tradicionais corinhos e os hinos são bem curtos até para o padrão da rádio. Então não é de se estranhar que o pessoal das antigas ou saudosistas estejam acostumados com músicas muito curtas e sem instrumentalidade. Essas músicas focavam a letra e ignoravam a habilidade do músico, que foi perdida com o tempo, e isso foi a regra que valeu por muito tempo nas igrejas.
No fim das contas, estamos sempre falando de gosto musical e não de certo e errado. Para acertar o gosto musical usamos a técnica e por isso sempre vou insistir na parte técnica, mas não apenas na qualidade musical, mas no propósito de tudo minusciosamente.
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